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Operação militar causa seis mortes na Somália

Entre as vítimas dessa operação se encontram cinco integrantes do Al Shabab e um soldado do Exército somali

Em fevereiro, a milícia fundamentalista islâmica somali Al Shabab anunciou sua união formal com a rede terrorista Al Qaeda (John Moore/Getty Images)

Em fevereiro, a milícia fundamentalista islâmica somali Al Shabab anunciou sua união formal com a rede terrorista Al Qaeda (John Moore/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2012 às 21h09.

Mogadíscio - Pelo menos 6 pessoas morreram e outras 12 ficaram feridas depois que as tropas governamentais e as da Missão da União Africana na Somália (AMISOM) iniciaram uma ofensiva na região de Afgoye (sul), uma das principais fortificações dos fundamentalistas islâmicos do Al Shabab.

O ministro do Interior e de Segurança da Somália, Abdisamad Moalim Mohamoud, afirmou nesta terça-feira que entre as vítimas dessa operação se encontram cinco integrantes do Al Shabab e um soldado do Exército somali.

''As forças governamentais, apoiadas pela AMISOM, iniciaram uma ofensiva contra as bases do Al Shabab e da Al Qaeda nas regiões de Garasbaley e Daynile'', indicou o ministro, que assegurou que os ataques ''deverão continuar até que Al Shabab seja eliminado do país''.

Já o comandante do Primeiro Batalhão do Exército da Somália, Abdullahi Ali Anod, assinalou que suas tropas mataram 12 radicais do Al Shabab e ainda expulsaram seus integrantes de Afgoye, enquanto os fundamentalistas asseguram que não foram afetados pela ofensiva.

''Os cruzados do Burundi e Uganda (AMISOM) e suas marionetes somalis iniciaram uma ofensiva e foram obrigados a recuar. Levaram uma boa lição'', afirmou Fouad Mohammed Khalaf, um dos integrantes do Al Shabab, em declarações à emissora ''Al-Andalus''.


No entanto, Osman Hilibi, testemunha do ataque, assegurou à Agência Efe ter visto os corpos de cinco milicianos do Al Shabab na estrada de Garasbaley, os mesmos que estavam sendo humilhados por soldados governamentais pouco tempo antes. Segundo as autoridades locais, o ataque teria começado por volta das 7h30 (hora local).

''Fizeram o Al Shabad retroceder. Eu vi cinco corpos que os soldados estavam chutando'', apontou Hilibi.

Em fevereiro, a milícia fundamentalista islâmica somali Al Shabab anunciou sua união formal com a rede terrorista Al Qaeda.

O Al Shabab, que controla zonas do centro e do sul da Somália, combate o Governo Federal de Transição somali, que possui respaldo internacional, as forças multinacionais de AMISOM e o Exército da Etiópia, que começou a ser atacado no início do ano.

A Somália vive em um estado de guerra civil e caos permanente desde 1991, quando o ditador Mohammed Siad Barre foi retirado do poder, um fato que deixou o país sem governo efetivo e nas mãos de milícias islamitas, senhores da guerra tribais e grupos armados. 

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