Exame Logo

Opep: Venezuela exige ajustes da Arábia Saudita e países do Golfo

Governo de Hugo Chavez quer que os outros países diminuam sua produção de petróleo para se adequarem as cotas estipuladas pela organização

A Venezuela reclama que a produção de petróleo está 'excessiva' (Alfredo Estrella/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de dezembro de 2011 às 16h39.

Viena - A Venezuela exigiu nesta terça-feira que a Arábia Saudita, maior produtor mundial de petróleo, e os países do Golfo, reajustem sua sua oferta de petróleo de acordo com as cotas estipuladas pela Opep, às vésperas da reunião do grupo em Viena, na Áustria.

"Os países do Golfo tomaram a decisão unilateral de aumentar a produção e agora é preciso rebaixá-la" afirmou na capital austríaca o ministro venezuelano de Energia, Rafael Ramírez. "O mercado possui uma produção excessiva", completou.

A produção fixada pela Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) foi fixada em 24,84 milhões de barris diários (mbd), sem contar com o Iraque, excluído do sistema de cotas.

Segundo os analistas, o que importa é saber se o grupo exigirá ou não ajustes dos países que produzem mais que o devido, como pede o ministro venezuelano.

A produção real dos membros da Opep tem superado em 10 a 15% o volume estipulado. A crescente oferta da Arábia Saudita e dos países do Golfo nos últimos seis meses e a reativação da atividade petroleira na Líbia têm intensificado esse desajuste.

"Há petróleo suficiente no mercado e a recuperação gradativa da Líbia exige uma redução da produção dos países que ampliaram sua oferta anteriormente para compensar o recuo líbio", disse Ramírez.

Na última reunião da Opep, em junho, houve uma enfrentamento entre aqueles que aumentaram sua produção (Arábia Saudita e países do Golfo) e os que eram contra ao aumento (Irã e Venezuela), que alegavam a proteção das cotações dos barris.

Nesta terça-feira, a Agência Internacional de Energia (AIE) anunciou em seu relatório mensal uma considerável redução das previsões da demanda mundial de petróleo para 2011 e 2012, em consequência do agravamento do contexto econômico e da alta dos preços.


A AIE espera que o consumo de petróleo em 2011 seja 160.000 barris diários inferior ao da previsão anterior, a 89 milhões de barris diários (mbd), e de 200.000 barris diários a menos que o previsto para 2012, o que representa um consumo de 90,3 mbd.

A demanda, no entanto, terá alta na comparação com os anos anteriores, a 89 mbd em 2011 (+0,8% do que em 2010) e a 90,3 mbd em 2012 (+1,4% a respeito de 2011).

"A combinação de um contexto econômico mundial agravado e de preços do petróleo constantemente elevados nos leva a revisar para baixo as previsões de demanda de petróleo em 2011 e em 2012", explica a AIE no relatório.

"O futuro incerto da Eurozona significa um risco de diminuição das previsões atuais de crescimento econômico", destacou a AIE, a agência da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE), que representa os países ricos.

Veja também

Viena - A Venezuela exigiu nesta terça-feira que a Arábia Saudita, maior produtor mundial de petróleo, e os países do Golfo, reajustem sua sua oferta de petróleo de acordo com as cotas estipuladas pela Opep, às vésperas da reunião do grupo em Viena, na Áustria.

"Os países do Golfo tomaram a decisão unilateral de aumentar a produção e agora é preciso rebaixá-la" afirmou na capital austríaca o ministro venezuelano de Energia, Rafael Ramírez. "O mercado possui uma produção excessiva", completou.

A produção fixada pela Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) foi fixada em 24,84 milhões de barris diários (mbd), sem contar com o Iraque, excluído do sistema de cotas.

Segundo os analistas, o que importa é saber se o grupo exigirá ou não ajustes dos países que produzem mais que o devido, como pede o ministro venezuelano.

A produção real dos membros da Opep tem superado em 10 a 15% o volume estipulado. A crescente oferta da Arábia Saudita e dos países do Golfo nos últimos seis meses e a reativação da atividade petroleira na Líbia têm intensificado esse desajuste.

"Há petróleo suficiente no mercado e a recuperação gradativa da Líbia exige uma redução da produção dos países que ampliaram sua oferta anteriormente para compensar o recuo líbio", disse Ramírez.

Na última reunião da Opep, em junho, houve uma enfrentamento entre aqueles que aumentaram sua produção (Arábia Saudita e países do Golfo) e os que eram contra ao aumento (Irã e Venezuela), que alegavam a proteção das cotações dos barris.

Nesta terça-feira, a Agência Internacional de Energia (AIE) anunciou em seu relatório mensal uma considerável redução das previsões da demanda mundial de petróleo para 2011 e 2012, em consequência do agravamento do contexto econômico e da alta dos preços.


A AIE espera que o consumo de petróleo em 2011 seja 160.000 barris diários inferior ao da previsão anterior, a 89 milhões de barris diários (mbd), e de 200.000 barris diários a menos que o previsto para 2012, o que representa um consumo de 90,3 mbd.

A demanda, no entanto, terá alta na comparação com os anos anteriores, a 89 mbd em 2011 (+0,8% do que em 2010) e a 90,3 mbd em 2012 (+1,4% a respeito de 2011).

"A combinação de um contexto econômico mundial agravado e de preços do petróleo constantemente elevados nos leva a revisar para baixo as previsões de demanda de petróleo em 2011 e em 2012", explica a AIE no relatório.

"O futuro incerto da Eurozona significa um risco de diminuição das previsões atuais de crescimento econômico", destacou a AIE, a agência da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE), que representa os países ricos.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArábia SauditaEnergiaPetróleoVenezuela

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame