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ONU: repressão na Síria já deixou mais de 1,1 mil mortos

Os detidos são mais de 10 mil, incluindo mulheres e crianças

De acordo com relatório da organização, houve uso excessivo de força policial contra manifestantes pacíficos (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2011 às 09h07.

Genebra - O número de mortos pela repressão dos protestos na Síria já passou de 1,1 mil, enquanto os detidos são mais de 10 mil, incluindo mulheres e crianças, denunciou nesta quarta-feira a Alta Delegacia da ONU para os Direitos Humanos.

"Recebemos vários relatórios denunciando o excessivo uso da força por parte das forças sírias contra os civis, a maioria deles manifestantes pacíficos", assinala um relatório apresentado hoje ao Conselho de Direitos Humanos.

O documento afirma que "civis desarmados" foram alvo "de franco-atiradores localizados nos tetos de edifícios públicos e de tanques destacados em zonas densamente povoadas".

Além disso, foram utilizados helicópteros de combate para atacar a cidade de Jirs al Shughur, onde se concentraram as ações militares dos últimos dias, que provocaram a fuga de milhares de pessoas e levaram mais de 8 mil a cruzar a fronteira com a Turquia, incluindo 4 mil crianças.

O organismo da ONU, no entanto, assinalou que seus colaboradores não puderam entrar na Síria, o que dificultou a apuração de informações de maneira direta.

Por essa razão, para emitir este relatório preliminar dependeram de organizações e defensores dos direitos humanos, assim como do testemunho das próprias vítimas.

A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, dirigiu três cartas ao Governo sírio pedindo que se permitisse a entrada da missão encarregada de investigar os fatos no país, mas não obteve resposta.

A Alta Delegacia da ONU afirmou ainda que dispõe de informação - incluindo vídeos e fotos - que comprovam o uso da tortura contra os detidos.

Segundo o relatório, as famílias e os vizinhos de manifestantes e ativistas também foram vítimas de detenções arbitrárias e as forças de segurança irromperam em diversas casas para tentar encontrar pessoas procuradas pelas autoridades.

Várias vítimas desta situação foram mantidas incomunicáveis e obrigadas a assinar documentos através dos quais se comprometiam a não participar mais de protestos.

Uma equipe dirigida pela alta comissária adjunta Kyung wha Kang permanecerá pronta para viajar à Síria assim que for autorizada, enquanto um segundo grupo de especialistas se encontra atualmente na Turquia, onde milhares de sírios buscaram refúgio.

Em sua conclusão, a instituição da ONU ressalta que as denúncias de violações dos direitos fundamentais requerem que as investigações prossigam e que se garanta a sanção dos responsáveis.

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Genebra - O número de mortos pela repressão dos protestos na Síria já passou de 1,1 mil, enquanto os detidos são mais de 10 mil, incluindo mulheres e crianças, denunciou nesta quarta-feira a Alta Delegacia da ONU para os Direitos Humanos.

"Recebemos vários relatórios denunciando o excessivo uso da força por parte das forças sírias contra os civis, a maioria deles manifestantes pacíficos", assinala um relatório apresentado hoje ao Conselho de Direitos Humanos.

O documento afirma que "civis desarmados" foram alvo "de franco-atiradores localizados nos tetos de edifícios públicos e de tanques destacados em zonas densamente povoadas".

Além disso, foram utilizados helicópteros de combate para atacar a cidade de Jirs al Shughur, onde se concentraram as ações militares dos últimos dias, que provocaram a fuga de milhares de pessoas e levaram mais de 8 mil a cruzar a fronteira com a Turquia, incluindo 4 mil crianças.

O organismo da ONU, no entanto, assinalou que seus colaboradores não puderam entrar na Síria, o que dificultou a apuração de informações de maneira direta.

Por essa razão, para emitir este relatório preliminar dependeram de organizações e defensores dos direitos humanos, assim como do testemunho das próprias vítimas.

A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, dirigiu três cartas ao Governo sírio pedindo que se permitisse a entrada da missão encarregada de investigar os fatos no país, mas não obteve resposta.

A Alta Delegacia da ONU afirmou ainda que dispõe de informação - incluindo vídeos e fotos - que comprovam o uso da tortura contra os detidos.

Segundo o relatório, as famílias e os vizinhos de manifestantes e ativistas também foram vítimas de detenções arbitrárias e as forças de segurança irromperam em diversas casas para tentar encontrar pessoas procuradas pelas autoridades.

Várias vítimas desta situação foram mantidas incomunicáveis e obrigadas a assinar documentos através dos quais se comprometiam a não participar mais de protestos.

Uma equipe dirigida pela alta comissária adjunta Kyung wha Kang permanecerá pronta para viajar à Síria assim que for autorizada, enquanto um segundo grupo de especialistas se encontra atualmente na Turquia, onde milhares de sírios buscaram refúgio.

Em sua conclusão, a instituição da ONU ressalta que as denúncias de violações dos direitos fundamentais requerem que as investigações prossigam e que se garanta a sanção dos responsáveis.

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