Desabrigados no Sudão do Sul: a ONU considera a situação humanitária especialmente grave nos estados de Jonglei e Unidade (Anna Adhikari/AFP)
Da Redação
Publicado em 24 de dezembro de 2013 às 11h39.
Genebra - A nova onda de violência armada no Sudão do Sul deixou 81 mil deslocados internos, dos quais se estima que 45 mil estão nas bases da Missão das Nações Unidas no país (UNMISS).
Este número de deslocados corresponde apenas aos nove dias transcorridos desde a tentativa de golpe de Estado, pelo qual o presidente, Salva Kiir, acusou seu ex-vice-presidente, situação que detonou o aumento da violência no país.
"Aproximadamente 81 mil pessoas foram deslocadas pela crise no Sudão do Sul, mas achamos que o número real é mais elevado", informou o Escritório de Ajuda Humanitária das Nações Unidas (OCHA) em Genebra, de onde se coordena a ajuda para as vítimas de conflitos e catástrofes.
O porta-voz da OCHA, Jens Laerke, disse que não é possível fornecer muita ajuda aos civis deslocados que se encontram fora das instalações da UNMISS devido à insegurança.
Por outro lado, a operação de ajuda para os 20 mil deslocados que se encontram nas duas bases da ONU em Juba está se acelerando com a distribuição de alimentos.
Uma situação similar se observa na base da ONU em Bentiu, que abriga sete mil pessoas.
A ONU considera a situação humanitária especialmente grave nos estados de Jonglei e Unidade, que caíram em mãos rebeldes e que estão sendo alvo de uma ofensiva de forças governamentais.
O Conselho de Segurança se prepara para votar hoje um pedido do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para reforçar com cinco mil capacetes azuis a UNMISS, que atualmente conta com 7.600 soldados.