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ONU quer que EUA detalhem fatos envolvendo morte de Bin Laden

Reconhecimento do governo americano de que Bin Laden estava desarmado na operação trouxe críticas do mundo árabe e da Europa

Segundo a ONU, apenas em casos excepcionais a força mortal pode se usada nas "operações contra terroristas" (White House)

Segundo a ONU, apenas em casos excepcionais a força mortal pode se usada nas "operações contra terroristas" (White House)

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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2011 às 11h28.

Genebra - Investigadores de direitos humanos das Nações Unidas pediram aos Estados Unidos nesta sexta-feira que revelem a totalidade dos fatos envolvendo a morte de Osama bin Laden, especialmente se havia algum plano para capturá-lo.

Christof Heyns, relator especial da ONU para execuções extrajudiciais, sumárias e arbitrárias, e Martin Scheinin, relator especial para a proteção dos direitos humanos no contraterrorismo, disseram que em certos casos excepcionais a força mortal pode se usada em "operações contra terroristas".

"Entretanto, a norma deveria ser a de tratar terroristas como criminosos, por meio de processos legais de prisão, julgamento e punição decidida judicialmente", disseram os especialistas independentes em declaração conjunta.

"No tocante ao uso recente de força mortal contra Osama bin Laden, os Estados Unidos da América deveriam revelar os fatos relevantes para permitir uma averiguação em termos de padrões de leis internacionais de direitos humanos", afirmaram.

"Será particularmente importante saber se o planejamento da missão permitia um esforço para capturar Bin Laden."

É importante "tornar pública" esta informação, de acordo com os investigadores que se reportam ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, que tem entre seus 47 membros os Estados Unidos.

O reconhecimento dos EUA de que Bin Laden estava desarmado quando foi morto a tiros na invasão de seu esconderijo no Paquistão na segunda-feira -- assim como o enterro de seu corpo no mar, prática rara no Islã -- atraiu críticas no mundo árabe e na Europa, onde surgiram alertas sobre uma retaliação.

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