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ONU propõe novo acordo hoje

Proposta pressiona governo norte-americano a adotar metas de redução das emissões de CO2

Documento propõe a limitação da alta da temperatura do planeta entre 1,5 ºC a 2 ºC (.)

Documento propõe a limitação da alta da temperatura do planeta entre 1,5 ºC a 2 ºC (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

Um grupo de trabalho da Organização das Nações Unidas (ONU) vai propor hoje, na 15ª Conferência do Clima, na Dinamarca, a criação do "protocolo de Copenhague". Se for aprovado pelos 192 países ao término das negociações, o documento - que não tem nome oficial - complementará o Protocolo de Kyoto, sem extingui-lo. O novo tratado deve reunir os países em desenvolvimento, como Brasil e China, além dos Estados Unidos (que não entraram no Protocolo de Kyoto).

A proposição busca incluir os norte-americanos em um acordo para que passem a adotar metas de redução das emissões de CO2, assim como os demais países industrializados. As informações foram obtidas pela reportagem com diversas fontes diplomáticas da Europa e da América Latina envolvidas nas negociações. "Queremos um texto robusto, com metas e clareza no financiamento. Se tivermos isso, teremos um protocolo", disse o diretor do Departamento de Meio Ambiente do Itamaraty, Luiz Alberto Figueiredo, vice-presidente do grupo de trabalho do LCA (países em desenvolvimento e EUA) e redator do texto

A proposta não pretende substituir Kyoto, mas criar um quadro semelhante, com metas obrigatórias e mecanismos de financiamento. O objetivo é atrair os EUA, tornando seu esforço para combater o aquecimento global equivalente ao já feito por outras nações industrializadas, como as da UE. O documento terá uma divisão das nações similar à existente em Kyoto: "anexo I", com países desenvolvidos, e "não anexo I", com nações em desenvolvimento. Não haverá distinção entre grandes emergentes - China, Brasil, Índia e África do Sul - e os "mais vulneráveis", como os africanos

"A contrapartida dos países emergentes será a mesma de Kyoto. Os regimes não mudam", explicou um dos negociadores envolvidos na redação. Assim, países ricos terão metas, enquanto os demais ficam com ações voluntárias, mas verificáveis. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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