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ONU precisa de dinheiro para retirar estrangeiros da Líbia

Organização Mundial para as Migrações solicitou US$ 160 milhões, mas só recebeu US$ 44 milhões até agora

Campo da ONU para refugiados líbios: 6 mil saem do país por dia para Egito ou Tunísia (Dan Kitwood/Getty Images)

Campo da ONU para refugiados líbios: 6 mil saem do país por dia para Egito ou Tunísia (Dan Kitwood/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2011 às 10h57.

Genebra - As Nações Unidas precisam de dinheiro para retirar da Líbia milhares de estrangeiros que querem fugir a todo custo do conflito e que começam a usar contrabandistas de seres humanos para transportá-los ilegalmente à Europa.

O alerta foi feito nesta sexta-feira pela Organização Mundial para as Migrações (OIM), que explicou que a falta de fundos obriga a redução de suas ações para ajudar milhares de estrangeiros presos na Líbia a saírem do país.

"O dinheiro é essencial, sem os fundos não podemos manter os programas e deixamos os imigrantes à mercê do que possa ocorrer na Líbia, ou pior, dos contrabandistas de seres humanos", assinalou em entrevista coletiva a porta-voz da OIM, Jemini Pandya.

A porta-voz explicou que os funcionários do órgão que trabalham nas fronteiras egípcia e tunisiana alertaram que a demora na retirada leva os imigrantes a contar cada vez mais com contrabandistas de pessoas.

A OIM solicitou US$ 160 milhões, dos quais até o momento só recebeu US$ 44 milhões.

Cerca de 410 mil pessoas fugiram da violência na Líbia desde que começou a crise no final de fevereiro, das quais 84 mil foram enviadas a seus países graças à ajuda da OIM, do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) e de vários governos.

Em caso que se receba o dinheiro solicitado, a OIM espera poder evacuar 75 mil pessoas nas próximas semanas, além de distribuir ajuda sanitária, comida e assistência às milhares de pessoas que esperam nas fronteiras para poder sair do país.

Calcula-se que, diariamente, 6 mil pessoas deixem a Líbia através de suas fronteiras com a Tunísia e o Egito.

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