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ONU diz que Iraque vive encruzilhada e defende ações de paz

O enviado da ONU em Bagdá, Martin Kobler, advertiu sobre os perigos da onda de violência registrada nos últimos dias


	Homem é levado para o hospital após confronto entre as forças iraquianas e manifestantes sunitas: os sunitas se queixam da discriminação por parte do governo do xiita
 (Ako Rasheed/Reuters)

Homem é levado para o hospital após confronto entre as forças iraquianas e manifestantes sunitas: os sunitas se queixam da discriminação por parte do governo do xiita (Ako Rasheed/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2013 às 13h47.

Bagdá - O enviado da ONU em Bagdá, Martin Kobler, advertiu nesta sexta-feira que o Iraque vive "uma situação encruzilhada" perante a onda de violência registrada nos últimos dias e, por isso, cobrou iniciativas imediatas de paz das autoridades do país.

Em comunicado divulgado pela delegação da ONU no Iraque, a Unami, Kobler assegurou que "o país caminhará em direção ao desconhecido se não adotar medidas cruciais e imediatas para cessar a propagação da violência".

"Peço a todos os líderes religiosos e políticos usar a sabedoria para que a raiva não vença a paz, já que o país se encontra em uma encruzilhada", apontou o enviado.

O responsável internacional assinalou que os dirigentes iraquianos assumem uma responsabilidade histórica por conter a situação e lançar iniciativas valentes para restabelecer a calma no país através de "um amplo diálogo nacional".

Kobler também pediu ao governo iraquiano realizar uma investigação integral sobre os fatos ocorridos em Al Hueiya e apresentar à justiça todos os envolvidos na violação dos direitos humanos.

Na última terça-feira, as forças iraquianas atacaram uma praça em Al Hueiya, na província setentrional de Kirkuk - palco de inúmeras manifestações dos sunitas -, causando a morte de 26 pessoas e 155 feridos.

Após este ataque, a violência se estendeu pelas províncias de maioria sunita com intensos confrontos entre milicianos sunitas e forças de segurança, fato que gerou dezenas de mortos.

Os sunitas se queixam da discriminação por parte do governo do xiita Nouri al Maliki e pedem a libertação dos detidos sem acusações, a suspensão das sentenças de pena de morte e a anulação da lei antiterrorista, entre outras medidas.

Ontem, o presidente iraquiano advertiu que todos perderão se o pavio da discórdia for acesso no Iraque e ressaltou que as autoridades não tolerarão nenhuma agressão contra o Exército e a Polícia. 

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