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ONU denuncia ataque contra seu escritório no oeste de Aleppo

O ataque, efetuado por um tanque no último dia 30 de outubro, destruiu os andares superiores do edifício

ONU: segundo dados da ONU, nos últimos dias, 40 pessoas morreram pelos ataques dos rebeldes contra a região oeste (Getty Images)

ONU: segundo dados da ONU, nos últimos dias, 40 pessoas morreram pelos ataques dos rebeldes contra a região oeste (Getty Images)

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EFE

Publicado em 1 de novembro de 2016 às 12h27.

Cairo - O edifício onde ficam os escritórios e os funcionários da ONU no oeste da cidade de Aleppo, no norte da Síria, foi atingido nesta semana por um bombardeiro de artilharia, informou o órgão e a agência oficial de notícias síria "Sana".

O novo responsável humanitário da ONU para a Síria, o jordaniano Ali al Zaatari, denunciou em comunicado que a presença das Nações Unidas no prédio é "bem conhecida há muito tempo".

O ataque, efetuado por um tanque no último dia 30 de outubro, destruiu os andares superiores do edifício. "É espantoso que um prédio que aloja os escritórios da ONU seja atacado diretamente", disse Al Zaataria, sem indicar responsáveis pela ação.

O responsável da ONU para a Síria se limitou a condenar o "aumento da violência em toda Aleppo", tanto nos bairros do leste, controlados pelos rebeldes, como do oeste, nas mãos do governo.

A agência "Sana" informou hoje que "terroristas" que estavam no bairro Bustan al Qasr, no oeste de Aleppo, dispararam três projéteis contra o hotel Shahba, onde está a sede da ONU.

A "Sana" explicou que um desses projéteis causou danos materiais no edifício, mas não deixou vítimas entre os hóspedes e funcionários das Nações Unidas. Os outros dois atingiram prédios próximos.

Segundo dados da ONU, nos últimos dias, 40 pessoas morreram pelos ataques dos rebeldes contra a região oeste, um número que o Exército da Síria diz ser de 84. Ao mesmo tempo, segue o assédio das tropas governamentais ao lado leste da cidade, onde cerca de 275 mil civis estão cercados sem receber ajuda humanitária.

O enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, condenou também há dois dias os ataques rebeldes e o assédio, ao mesmo tempo em que reiterou seu pedido de um cessar-fogo estável que cubra toda a cidade.

Aleppo, uma das cidades mais castigadas pelo conflito, era antes da guerra o coração econômico e o principal núcleo industrial da Síria.

A atual escalada da violência em Aleppo ocorre depois que os insurgentes lançaram na sexta-feira passada uma ofensiva para romper o cerco imposto pelo regime aos bairros do leste da cidade.

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