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ONU defende erradicação da Aids em 10 anos

Secretário-geral pediu apoio e mais medidas dos governos para intensificar o combate à doença

Cruzes envoltas com símbolo da Aids: 7 mil pessoas são contaminadas por dia (Stock.Xchange)
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Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2011 às 17h21.

Nova York - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, estabeleceu nesta quarta-feira um prazo de dez anos para a Aids ser erradicada do mundo, e pediu ousadia para fazer cumprir esse objetivo, na jornada inicial de reuniões das Nações Unidas dedicadas a essa enfermidade.

"Hoje nos reunimos para dar fim a Aids. Esse é o nosso objetivo: o fim da Aids em 10 anos, com zero novas infecções, zero traumatismos e zero mortes ligadas à Aids", disse Ban Ki-moon ante os chefes de Estado e ministros presentes na primeira jornada de reuniões de três dias.

Contudo, se quisermos liquidar a Aids dos livros de história, teremos que ser ousados", advertiu o secretário-geral na sede da ONU em Nova York.

Celebrada por ocasião do 30º aniversário da descoberta da Aids, a reunião tem por objetivo redefinir os compromissos da comunidade internacional contra a epidemia.

Apesar dos progressos registrados nos países mais pobres, todos os dias são contaminadas 7.000 pessoas no mundo.

Em seu discurso, Ban Ki-moon afirmou que outro dos objetivos principais da cúpula é o acesso ao tratamento para todos os enfermos e insistiu na necessidade da utilização das campanhas de comunicação para que o mundo inteiro tenha acesso às informações sobre o assunto.

Por sua parte, o presidente da Assembleia Geral da ONU, Joseph Deiss, afirmou que o número de enfermos tratados havia sido multiplicado por dez nos últimos cinco anos, apesar de ainda existirem "dez milhões de pessoas que não têm acesso aos medicamentos necessários".

Em uma das primeiras intervenções latino-americanas, o vice-presidente da Guatemala, Rafael Espada, felicitou a ação da ONU que, segundo ele, "compreendeu logo de início que uma ameaça global exigia resposta global" e afirmou que seu país tem redobrado seus esforços de prevenção em consulta com seus vizinhos.

"A parte mais importante e mais estrutural de nossas políticas é a prevenção, que é trazida por um bom sistema educativo e por uma boa visão de Estado, além de uma visão humana, política, social, científica e responsável que se aplique a todos", disse.

Apesar de a Guatemala trabalhar com "um incremento no número de casos nos próximos anos", Espada disse que as políticas lançadas para o diagnóstico precoce da enfermidade deveríam ajudar a reduzir os contágios no futuro.

Segundo cifras da ONU, a epidemia de Aids tem se estabilizado na América Latina, "com poucas mudanças nos últimos anos" e uma leve queda no número de pessoas infectadas em 2009 (92.000) em comparação com 2001 (99.000).

De acordo com o informe global da ONU, um terço das pessoas contaminadas com a doença na América Latina se encontra no Brasil, onde "os permanentes esforços de prevenção e tratamento do HIV têm contido a epidemia".

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Nova York - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, estabeleceu nesta quarta-feira um prazo de dez anos para a Aids ser erradicada do mundo, e pediu ousadia para fazer cumprir esse objetivo, na jornada inicial de reuniões das Nações Unidas dedicadas a essa enfermidade.

"Hoje nos reunimos para dar fim a Aids. Esse é o nosso objetivo: o fim da Aids em 10 anos, com zero novas infecções, zero traumatismos e zero mortes ligadas à Aids", disse Ban Ki-moon ante os chefes de Estado e ministros presentes na primeira jornada de reuniões de três dias.

Contudo, se quisermos liquidar a Aids dos livros de história, teremos que ser ousados", advertiu o secretário-geral na sede da ONU em Nova York.

Celebrada por ocasião do 30º aniversário da descoberta da Aids, a reunião tem por objetivo redefinir os compromissos da comunidade internacional contra a epidemia.

Apesar dos progressos registrados nos países mais pobres, todos os dias são contaminadas 7.000 pessoas no mundo.

Em seu discurso, Ban Ki-moon afirmou que outro dos objetivos principais da cúpula é o acesso ao tratamento para todos os enfermos e insistiu na necessidade da utilização das campanhas de comunicação para que o mundo inteiro tenha acesso às informações sobre o assunto.

Por sua parte, o presidente da Assembleia Geral da ONU, Joseph Deiss, afirmou que o número de enfermos tratados havia sido multiplicado por dez nos últimos cinco anos, apesar de ainda existirem "dez milhões de pessoas que não têm acesso aos medicamentos necessários".

Em uma das primeiras intervenções latino-americanas, o vice-presidente da Guatemala, Rafael Espada, felicitou a ação da ONU que, segundo ele, "compreendeu logo de início que uma ameaça global exigia resposta global" e afirmou que seu país tem redobrado seus esforços de prevenção em consulta com seus vizinhos.

"A parte mais importante e mais estrutural de nossas políticas é a prevenção, que é trazida por um bom sistema educativo e por uma boa visão de Estado, além de uma visão humana, política, social, científica e responsável que se aplique a todos", disse.

Apesar de a Guatemala trabalhar com "um incremento no número de casos nos próximos anos", Espada disse que as políticas lançadas para o diagnóstico precoce da enfermidade deveríam ajudar a reduzir os contágios no futuro.

Segundo cifras da ONU, a epidemia de Aids tem se estabilizado na América Latina, "com poucas mudanças nos últimos anos" e uma leve queda no número de pessoas infectadas em 2009 (92.000) em comparação com 2001 (99.000).

De acordo com o informe global da ONU, um terço das pessoas contaminadas com a doença na América Latina se encontra no Brasil, onde "os permanentes esforços de prevenção e tratamento do HIV têm contido a epidemia".

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