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ONU comemora Dia Internacional da Paz

Atores Michael Douglas e Forest Whitaker participaram da comemoração que pede uma completa cessação de hostilidades no mundo


	Bandeira da Paz: "Um dia para a paz é muito importante, porque desta vez tivemos um dos anos mais difíceis", disse Douglas
 (Justin Sullivan/Getty Images)

Bandeira da Paz: "Um dia para a paz é muito importante, porque desta vez tivemos um dos anos mais difíceis", disse Douglas (Justin Sullivan/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2012 às 19h15.

Nações Unidas - Os atores Michael Douglas e Forest Whitaker, além da primatóloga Jane Goodall participaram nesta sexta-feira na sede central da ONU na comemoração do Dia Internacional da Paz, no qual se pede uma completa cessação de hostilidades no mundo todo.

As três celebridades participaram em cerimônia organizada nos jardins das Nações Unidas, onde o secretário-geral, Ban Ki-moon, e o novo presidente da Assembleia Geral, o sérvio Vuk Jeremic, tocaram como já é tradição o conhecido "sino da paz" e que foi doado pelo Japão.

Depois foram os protagonistas de um encontro com estudantes na sede das Nações Unidas e no qual participaram outros jovens por videoconferência desde Sudão do Sul e Libéria, e que foi centrado no tema escolhido este ano para a celebração: "Paz sustentável para um futuro sustentável".

"Um dia para a paz é muito importante, porque desta vez tivemos um dos anos mais difíceis", disse Douglas, mensageiro de paz do organismo para o desarmamento e a segurança, e que apresentou uma defesa para se conseguir que os tratados de desarmamento e para o comércio de armamento leve sejam ampliados.

O ator pediu aos jovens que lutem para conseguir o desarmamento nuclear e também por modificar as permissivas leis sobre armas que há no mundo, cujos efeitos, disse, são patentes nos Estados Unidos "com as desgraças que todos conhecemos".


Whitaker, embaixador de boa vontade da Unesco para a paz e a reconciliação, condenou "os vários conflitos que há agora no mundo", pediu que se preste mais atenção à educação "como ferramenta de paz" e lamentou que "sempre sejam as crianças" que mais sofrem os efeitos dos conflitos.

Por sua parte, Goodall, também mensageira de paz, fez um apelo para que se leve em conta o respeito ao meio ambiente na luta por conseguir uma paz duradoura, e ressaltou que se deve agir "para modificar os modelos de vida insustentáveis de vários povos no mundo".

"Para muita gente no mundo todo, hoje não é um dia de paz. Não só os que vivem em conflitos, mas também quem vive na pobreza extrema", ressaltou a reconhecida primatóloga, que surpreendeu ao se despedir fazendo um saudação própria dos chimpanzés.

Em sua mensagem por causa do Dia da Paz, Ban Ki-moon pediu "tolerância e diálogo perante as vozes de desacordo e extremismo que provocaram a violência dos dias recentes", em referência aos violentos protestos no mundo árabe devido à publicação de caricaturas e um vídeo que zombam de Maomé.

"Neste dia dedicado à não violência, proclamemos outra vez que o ódio só alimenta o ódio, e que a violência só traz violência", ressaltou Ban, pedindo também "a todos os combatentes ao redor do mundo que encontrem soluções pacíficas para seus conflitos".

O Dia Internacional da Paz foi estabelecido em 21 de setembro pela Assembleia Geral da ONU em 1981 como uma oportunidade para que os habitantes do mundo promovessem a solução pacífica de conflitos e respeitassem a paz com a cessação das hostilidades por um dia.

Entre os atos que a ONU organizou há um debate intitulado "Desafios contemporâneos e aproximações para construir uma cultura de paz duradoura", do qual participará a diretora-executiva da ONU Mulheres, a chilena Michelle Bachelet, e o ex-presidente da República Dominicana Leonel Fernández, entre outros.

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