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ONU cita política de "tolerância zero" contra assédio sexual

Uma investigação divulgada por jornal afirma que a ONU permitiu proliferação de casos de assédio e de agressão sexual contra suas funcionárias

ONU: o jornal afirma que entrevistou vários funcionários e ex-funcionários da ONU (Spencer Platt/Getty Images)

ONU: o jornal afirma que entrevistou vários funcionários e ex-funcionários da ONU (Spencer Platt/Getty Images)

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EFE

Publicado em 18 de janeiro de 2018 às 19h10.

Nações Unidas - A ONU afirmou nesta quinta-feira que mantém uma "política de tolerância zero" contra o assédio sexual dentro do sistema Nações Unidas, mas assumiu que pode ser afetada pelo problema como qualquer outro órgão público ou privado.

"Quase no instante que assumiu seu cargo, o secretário-geral da ONU (António Guterres) deu prioridade ao combate ao assédio sexual e abraçou uma política de tolerância zero", afirmou o porta-voz do ex-primeiro-ministro de Portugal, Stefan Dujarric.

As declarações foram uma resposta a uma investigação divulgada hoje pelo jornal britânico "The Guardian", que afirma que a ONU permitiu uma proliferação de casos de assédio e de agressão sexual contra suas funcionárias nos escritórios de todo o mundo.

O jornal afirma que entrevistou vários funcionários e ex-funcionários da ONU, que revelaram a existência de uma "cultura do silêncio" dentro da estrutura das Nações Unidas e um sistema falido na hora de apoiar as vítimas dos abusos.

Dujarric citou ações adotadas pela ONU para combater essas práticas. Entre elas, o porta-voz falou sobre um grupo de trabalho liderado por Khan Beagle e sobre diferentes comunicações internas reforçando as regras sobre a questão.

"Ninguém acredita que a ONU seja diferente de qualquer organização pública ou privada que já foi afetada por casos de assédio sexual. (...) Não escondemos que o fato ocorra nas Nações Unidas, como ocorre infelizmente no todo mundo", disse Dujarric.

O porta-voz disse ter conhecimento de 15 casos de assédio ou abuso sexual em 2016, além de outros 20 em 2017, mas não deu detalhes. Dujarric também não quis falar sobre os casos denunciados pelo "The Guardian" devido à falta de detalhes.

"Se houvesse detalhes poderíamos responder sobre os casos específicos", explicou o porta-voz.

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