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ONU aponta 5 países supervulneráveis às mudanças climáticas

São eles: Bangladesh, Butão, Gâmbia, Quênia e Micronésia

Operações de emergência na região montanhosa de Chittagong, em Bangladesh: país sofre com o aumento de salinidade no solo (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2012 às 17h45.

São Paulo - As consequências das mudanças climáticas no ambiente – como o aumento da temperatura, o degelo polar e a alteração do nível do mar – já são assuntos constantes nos debates das COPs do Clima . Mas e o impacto que o fenômeno causa na vida das pessoas? Com a intenção de popularizar as discussões a respeito do assunto na Conferência que acontece em Doha, a Universidade das Nações Unidas lançou estudo que aponta cinco países cujas comunidades se encontram supervulneráveis às mudanças climáticas.

O conceito – usado pela primeira vez, de forma tímida, em Durban, na COP17 – é conhecido nas mesas de negociação como Perdas e Danos – ou Loss and Damages em inglês –, e faz referência aos impactos que as mudanças climáticas causam na vida das pessoas e a como elas lidam com essas adversidades.

As cinco comunidades apontadas pela publicação da ONU como supervulneráveis ao fenômeno climático são: Bangladesh, que sofre, sobretudo, com o aumento de salinidade no solo, o que compromete a agricultura local e a oferta de água para consumo; Butão, onde o principal problema é a mudança no regime de monções; Gâmbia, que sofre com as secas; Quênia, que padece com as inundações e Micronésia, que tem que lidar com a erosão costeira.

“O que as pessoas que vivem nesses locais vivenciam hoje vai além dos eventos extremos. Trata-se de um problema contínuo que as afeta todos os dias”, explicou Koko Warner, diretora científica da Universidade das Nações Unidas. “Essas comunidades estão tentando se ajustar e a adaptação está ocorrendo, mas não é suficiente. Os custos dessas ações estão ficando cada vez mais caros e as perdas e danos continuam ocorrendo independentemente das medidas adotadas”, completou.

Para Warner, é essencial que os representantes dos países que participam da COP18 discutam e acordem algum mecanismo internacional para lidar com as perdas e danos. Segundo ela, a melhor forma de fazer isso seria discriminar essa estrutura de ajuda no Fundo Verde Climático, que prevê um aporte de US$ 100 bilhões, vindo dos países desenvolvidos, até 2020. O problema é que, ao longo da primeira semana de negociações, as nações que devem alimentar financeiramente esse Fundo não deram nenhum vislumbre de como e quando pretendem fazê-lo.

Confira o estudo Evidence from the Frontlines of Climate Change: Loss and damage to communities despite coping and adaptation na íntegra, em inglês.

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São Paulo - As consequências das mudanças climáticas no ambiente – como o aumento da temperatura, o degelo polar e a alteração do nível do mar – já são assuntos constantes nos debates das COPs do Clima . Mas e o impacto que o fenômeno causa na vida das pessoas? Com a intenção de popularizar as discussões a respeito do assunto na Conferência que acontece em Doha, a Universidade das Nações Unidas lançou estudo que aponta cinco países cujas comunidades se encontram supervulneráveis às mudanças climáticas.

O conceito – usado pela primeira vez, de forma tímida, em Durban, na COP17 – é conhecido nas mesas de negociação como Perdas e Danos – ou Loss and Damages em inglês –, e faz referência aos impactos que as mudanças climáticas causam na vida das pessoas e a como elas lidam com essas adversidades.

As cinco comunidades apontadas pela publicação da ONU como supervulneráveis ao fenômeno climático são: Bangladesh, que sofre, sobretudo, com o aumento de salinidade no solo, o que compromete a agricultura local e a oferta de água para consumo; Butão, onde o principal problema é a mudança no regime de monções; Gâmbia, que sofre com as secas; Quênia, que padece com as inundações e Micronésia, que tem que lidar com a erosão costeira.

“O que as pessoas que vivem nesses locais vivenciam hoje vai além dos eventos extremos. Trata-se de um problema contínuo que as afeta todos os dias”, explicou Koko Warner, diretora científica da Universidade das Nações Unidas. “Essas comunidades estão tentando se ajustar e a adaptação está ocorrendo, mas não é suficiente. Os custos dessas ações estão ficando cada vez mais caros e as perdas e danos continuam ocorrendo independentemente das medidas adotadas”, completou.

Para Warner, é essencial que os representantes dos países que participam da COP18 discutam e acordem algum mecanismo internacional para lidar com as perdas e danos. Segundo ela, a melhor forma de fazer isso seria discriminar essa estrutura de ajuda no Fundo Verde Climático, que prevê um aporte de US$ 100 bilhões, vindo dos países desenvolvidos, até 2020. O problema é que, ao longo da primeira semana de negociações, as nações que devem alimentar financeiramente esse Fundo não deram nenhum vislumbre de como e quando pretendem fazê-lo.

Confira o estudo Evidence from the Frontlines of Climate Change: Loss and damage to communities despite coping and adaptation na íntegra, em inglês.

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