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ONU alerta para condições das refugiadas sírias

Milhares de refugiadas sírias enfrentam uma situação difícil nos países em que são acolhidas, alerta a ONU

Sírias cozinham em um campo de refugiados: muitas vítimas não têm sequer comida (Matthieu Alexandre/AFP)
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Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2014 às 12h50.

Beirute - Milhares de refugiadas sírias viúvas ou separadas enfrentam uma situação difícil nos países em que são acolhidas, onde muitas não têm sequer comida, alertou nesta terça-feira a ONU em um relatório.

A agência da ONU para refugiados, Acnur, destaca a situação de um 145.00 refugiadas sírias que lutam para sobreviver e criar suas famílias em péssimas condições nos países vizinhos da Síria .

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"Forçadas a assumir toda a responsabilidade por suas próprias famílias, por seus maridos estarem mortos, ou presos ou distantes, se veem em uma espiral de dificuldades, isolamento e ansiedade", diz o relatório.

Sua principal dificuldade é a falta de recursos.

Muitas delas se esforçam para pagar o aluguel e comprar comida, e para isso vendem tudo o que possuem ou enviem seus filhos para o trabalho.

Um terço das 135 mulheres entrevistadas pelo Acnur na Jordânia, Líbano e Egito, disse que não têm comida suficiente para alimentar sua família.

Muitas das entrevistadas disseram que estão recebendo tickets de comida do Programa Alimentar Mundial (PAM), mas algumas precisam vendê-los para pagar o aluguel de seus apartamentos e outras despesas.

Além disso, o fato de viver sem um marido as expõe ao abuso e agressão, de acordo com o relatório.

Uma mulher que vive em um apartamento no Líbano contou que é alvo frequente de ataques verbais dos homens do bairro.

Outra mulher abrigada em uma tenda perto da cidade libanesa de Trípoli (norte), disse que um homem entrou em seu acampamento e tentou convencê-la a ficar com ele.

O relatório pede aos governos da região para manter as fronteiras abertas para os refugiados e limitar as restrições de entrada.

Cerca de 2,8 milhões de sírios fugiram do conflito iniciado em março de 2011 em seu país.

Mais de um milhão deles estão no vizinho Líbano.

Outros estão na Jordânia, Egito, Turquia e Iraque.

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