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ONG pede que Shell acelere limpeza de vazamentos na Nigéria

Organização pediu para a Shell acelerar limpeza da contaminação causada por série de vazamentos no rio Níger

Plataforma de petróleo da Shell: atividade das petrolíferas no sul da Nigéria deixou um alto nível de poluição na área, que pode demorar entre 20 e 30 anos para voltar ao normal, segundo ONU (Eddie Seal/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2013 às 10h19.

Nairóbi - A ONG Amigos da Terra pediu nesta segunda-feira que a companhia petrolífera anglo-holandesa Shell acelere a limpeza da contaminação causada por uma série de vazamentos de petróleo no delta do rio Níger, no sul da Nigéria.

A justiça holandesa condenou a empresa em janeiro deste ano, a pedido da ONG e de outros grupos civis, a pagar uma indenização por dois vazamentos de petróleo registrados na Nigéria entre 2004 e 2007, embora a Shell tenha sido absolvida da responsabilidade por outros incidentes no delta do Níger.

A Milieudefensie, representante da Amigos da Terra na Holanda, e vários agricultores da região atingida recorreram da decisão judicial e esperam que a empresa seja responsabilizada pelos outros vazamentos registrados no rio em uma audiência que será realizada em 2014, informou hoje a ONG em comunicado.

A atividade das petrolíferas em Ogoniland, no sul da Nigéria, deixou um alto nível de poluição na área que pode demorar entre 20 e 30 anos para voltar ao normal, segundo um relatório publicado há dois anos pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).

Em seu relatório, o Pnuma acusava a Shell de não ter aplicado em suas explorações em Ogoniland os procedimentos adequados de controle e manutenção, o que pôs em risco a saúde pública.

Além disso, apontava que o subsolo de algumas áreas estava gravemente contaminado - apesar de a aparência da superfície não indicar os danos - e que pelo menos 10 comunidades de Ogoniland consumiam água com altos níveis de hidrocarbonetos.


O relatório do Pnuma solicitava que a Shell que revisasse o método de limpeza aplicado na região e que desmontasse as instalações petrolíferas abandonadas.

A Amigos da Terra denunciou que, até o momento, a companhia não cumpriu nenhuma dessas recomendações, apesar de ter mostrado apoio ao relatório na época de sua publicação.

"É hora de a Shell investir seu dinheiro onde colocou suas palavras. A companhia deve iniciar um intenso programa de limpeza na Nigéria e seguir as recomendações das Nações Unidas", declarou a porta-voz da ONG, Geert Ritsema.

A organização também pediu que o governo da Nigéria tome medidas e, intensifique a supervisão das emendas da legislação que regem o funcionamento da Shell e de outras petrolíferas.

A transnacional anunciou na semana passada que reduzirá pela metade suas operações de extração de petróleo no delta do Níger devido aos riscos e aos roubos de petróleo que acontecem com frequência no país da África Ocidental.

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Nairóbi - A ONG Amigos da Terra pediu nesta segunda-feira que a companhia petrolífera anglo-holandesa Shell acelere a limpeza da contaminação causada por uma série de vazamentos de petróleo no delta do rio Níger, no sul da Nigéria.

A justiça holandesa condenou a empresa em janeiro deste ano, a pedido da ONG e de outros grupos civis, a pagar uma indenização por dois vazamentos de petróleo registrados na Nigéria entre 2004 e 2007, embora a Shell tenha sido absolvida da responsabilidade por outros incidentes no delta do Níger.

A Milieudefensie, representante da Amigos da Terra na Holanda, e vários agricultores da região atingida recorreram da decisão judicial e esperam que a empresa seja responsabilizada pelos outros vazamentos registrados no rio em uma audiência que será realizada em 2014, informou hoje a ONG em comunicado.

A atividade das petrolíferas em Ogoniland, no sul da Nigéria, deixou um alto nível de poluição na área que pode demorar entre 20 e 30 anos para voltar ao normal, segundo um relatório publicado há dois anos pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).

Em seu relatório, o Pnuma acusava a Shell de não ter aplicado em suas explorações em Ogoniland os procedimentos adequados de controle e manutenção, o que pôs em risco a saúde pública.

Além disso, apontava que o subsolo de algumas áreas estava gravemente contaminado - apesar de a aparência da superfície não indicar os danos - e que pelo menos 10 comunidades de Ogoniland consumiam água com altos níveis de hidrocarbonetos.


O relatório do Pnuma solicitava que a Shell que revisasse o método de limpeza aplicado na região e que desmontasse as instalações petrolíferas abandonadas.

A Amigos da Terra denunciou que, até o momento, a companhia não cumpriu nenhuma dessas recomendações, apesar de ter mostrado apoio ao relatório na época de sua publicação.

"É hora de a Shell investir seu dinheiro onde colocou suas palavras. A companhia deve iniciar um intenso programa de limpeza na Nigéria e seguir as recomendações das Nações Unidas", declarou a porta-voz da ONG, Geert Ritsema.

A organização também pediu que o governo da Nigéria tome medidas e, intensifique a supervisão das emendas da legislação que regem o funcionamento da Shell e de outras petrolíferas.

A transnacional anunciou na semana passada que reduzirá pela metade suas operações de extração de petróleo no delta do Níger devido aos riscos e aos roubos de petróleo que acontecem com frequência no país da África Ocidental.

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