Mundo

ONG mundial protesta contra abate de frangos feito pelo McDonald’s

Segundo a PETA, o formato atual de abate é "uma tortura desnecessária" aos animais, já que existem outros procedimentos menos dolorosos, sem custos abusivos

Desde a campanha da PETA “McCruelty”, em 2000, o McDonald's fez algumas melhorias de bem-estar animal, mas recusa eliminar outros procedimentos de abate. (Divulgação/PETA)

Desde a campanha da PETA “McCruelty”, em 2000, o McDonald's fez algumas melhorias de bem-estar animal, mas recusa eliminar outros procedimentos de abate. (Divulgação/PETA)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2010 às 16h26.

São Paulo - A ONG mundial PETA (People for the Ethical Treatment os Animals), que luta pelos direitos dos animais, possui uma campanha contra a rede de fast food mais famosa do mundo, o McDonald's, que já se estende por praticamente dez anos. O intuito da organização é alcançar uma mudança na forma de abate realizada nos frangos que são comprados pela empresa alimentícia.

Segundo os manifestantes, o formato atual de abate é praticamente uma tortura desnecessária aos animais, já que existem outras maneiras menos dolorosas de fazer o procedimento, sem custos abusivos. Quase todas as pessoas do mundo conhecem o McDonald’s, porém muitas delas não sabem a crueldade que envolve uma porção de frango dos “arcos dourados”. É justamente isso que a PETA tenta mostrar ao público para que seja possível alcançar as mudanças sugeridas.

No matadouro do McDonald’s americano e canadense, as aves são despejadas de suas caixas de transporte e ficam penduradas de cabeça para baixo em ganchos de metal, que muitas vezes resulta em ossos quebrados, contusões extremas e hemorragias. Os trabalhadores têm a oportunidade de abusar contra a vida; os pássaros têm suas gargantas cortadas enquanto ainda estão conscientes.

Muitas aves são imersas em tanques de água escaldante enquanto vivas e são capazes de sentir dor.
Em 2000, após o lançamento da campanha da PETA “McCruelty” (McCrueldade), o McDonald's fez algumas melhorias básicas de bem-estar animal. Desde aquela época, a empresa tem se recusado a eliminar os piores abusos que sofrem as suas galinhas, incluindo os abusos durante o abate.

Essa crueldade poderia ser ilegal se cães ou gatos, ou mesmo porcos ou vacas fossem as vítimas. Existe um método menos cruel de abate, hoje, que eliminaria estes abusos, mas o McDonald's recusa-se a exigir mudança em seus fornecedores dos EUA e Canadá.
Um método menos cruel de abate chamado “abate com atmosfera controlada”, ou CAK, está sendo usado agora nos Estados Unidos e não custaria nada ao McDonald’s a não ser exigir de seus fornecedores que adotem este método do qual eliminaria os piores abusos sofridos atualmente pelas galinhas. De fato, um estudo realizado em 2005 sobre o CAK, concluiu que este método é muito melhor do que o abate atual.

Felizmente algumas empresas já estão tomando as medidas necessárias e mudando de método. O McDonald’s que pretende ser um líder de bem-estar animal não pode se abster, permitindo que as galinhas mortas pelos seus restaurantes sofram, tenham as asas quebradas e que sejam escaldadas até a morte nos tanques enquanto as outras empresas utilizam este outro tipo menos cruel de abate.

Acompanhe tudo sobre:AlimentaçãoAnimaisComércioEmpresasEmpresas americanasFast foodFranquiasMcDonald'sONGsPreservação ambientalRestaurantes

Mais de Mundo

Biden assina projeto de extensão orçamentária para evitar paralisação do governo

Com queda de Assad na Síria, Turquia e Israel redefinem jogo de poder no Oriente Médio

MH370: o que se sabe sobre avião desaparecido há 10 anos; Malásia decidiu retomar buscas

Papa celebrará Angelus online e não da janela do Palácio Apostólico por resfriado