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ONG constrói casa de garrafas plásticas na África

Modelo tem custos reduzidos e impede que grande quantidade de resíduos plásticos seja descartada em lixões

A primeira casa começou a ser construída em junho e possui 58 metros quadrados, divididos em dois quartos (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2011 às 14h46.

São Paulo - A aldeia Sabon Yelwa, na Nigéria , é a primeira comunidade africana a ter uma casa construída com garrafas plásticas. O modelo, que já foi usado em edificações na Argentina e na Rússia, tem custos reduzidos e ainda impede que uma grande quantidade de resíduos plásticos seja descartada em lixões.

À primeira vista a ideia de usar garrafas que estavam nas estradas ou em canais para construir casas pode parecer estranha, mas o resultado é totalmente surpreendente. As garrafas, utilizadas no lugar dos tijolos, oferecem uma arquitetura diferente à construção.

O projeto faz parte do trabalho da Associação de Desenvolvimento de Energias Renováveis (DARE), em parceria com a ONG Africa Community Trust, que tem sede em Londres.

A primeira casa começou a ser construída em junho e possui 58 metros quadrados, divididos em dois quartos, duas salas, um banheiro, cozinha e um pátio aberto. Apesar de aparentar ser uma casa normal, ela possui elementos que a diferenciam dos modelos tradicionalmente construídos. No lugar dos tijolos estão garrafas plásticas cheias de areia, que pesam cerca de três quilos, cada. Após empilhadas, elas são coladas entre si com camadas de lama e cimentos, para servirem como apoio a toda a estrutura.


As tampas das garrafas dão uma aparência despojada ao exterior da casa, já que ficam sobressalentes ao reboco. O fato de ser feita com garrafas não torna a construção mais frágil. Pelo contrário, as casas são resistentes a fogo, bala e terremotos, e ainda são capazes de manter a temperatura interna em 18 graus, fator essencial para regiões com clima tropical.

Com 70% da construção pronta, já foram usadas 14 mil garrafas plásticas, que foram retiradas de lixo e doadas por voluntários, hotéis e restaurantes. Esse uso pode se tornar uma alternativa para o reaproveitamento das garrafas PET, já que segundo especialistas, a Nigéria, com seus 160 milhões de habitantes, descarta diariamente três milhões de garrafas plásticas.

As ONGs pretendem levar o modelo de construção a outros lugares do país e a segunda etapa do projeto considera aplicar a técnica na expansão de uma escola de educação infantil, para isso serão necessárias 200 mil garrafas. Cada casa construída custa, em média, US$ 12.700.

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São Paulo - A aldeia Sabon Yelwa, na Nigéria , é a primeira comunidade africana a ter uma casa construída com garrafas plásticas. O modelo, que já foi usado em edificações na Argentina e na Rússia, tem custos reduzidos e ainda impede que uma grande quantidade de resíduos plásticos seja descartada em lixões.

À primeira vista a ideia de usar garrafas que estavam nas estradas ou em canais para construir casas pode parecer estranha, mas o resultado é totalmente surpreendente. As garrafas, utilizadas no lugar dos tijolos, oferecem uma arquitetura diferente à construção.

O projeto faz parte do trabalho da Associação de Desenvolvimento de Energias Renováveis (DARE), em parceria com a ONG Africa Community Trust, que tem sede em Londres.

A primeira casa começou a ser construída em junho e possui 58 metros quadrados, divididos em dois quartos, duas salas, um banheiro, cozinha e um pátio aberto. Apesar de aparentar ser uma casa normal, ela possui elementos que a diferenciam dos modelos tradicionalmente construídos. No lugar dos tijolos estão garrafas plásticas cheias de areia, que pesam cerca de três quilos, cada. Após empilhadas, elas são coladas entre si com camadas de lama e cimentos, para servirem como apoio a toda a estrutura.


As tampas das garrafas dão uma aparência despojada ao exterior da casa, já que ficam sobressalentes ao reboco. O fato de ser feita com garrafas não torna a construção mais frágil. Pelo contrário, as casas são resistentes a fogo, bala e terremotos, e ainda são capazes de manter a temperatura interna em 18 graus, fator essencial para regiões com clima tropical.

Com 70% da construção pronta, já foram usadas 14 mil garrafas plásticas, que foram retiradas de lixo e doadas por voluntários, hotéis e restaurantes. Esse uso pode se tornar uma alternativa para o reaproveitamento das garrafas PET, já que segundo especialistas, a Nigéria, com seus 160 milhões de habitantes, descarta diariamente três milhões de garrafas plásticas.

As ONGs pretendem levar o modelo de construção a outros lugares do país e a segunda etapa do projeto considera aplicar a técnica na expansão de uma escola de educação infantil, para isso serão necessárias 200 mil garrafas. Cada casa construída custa, em média, US$ 12.700.

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