Onda de protestos deixa 6 mortos na Venezuela
Ex-miss foi uma das vítimas, após ser atingida na cabeça quando motoristas abriram fogo contra uma manifestação da oposição
Da Redação
Publicado em 19 de fevereiro de 2014 às 21h28.
Caracas - Subiu nesta quarta-feira para seis o número de mortos na onda de protestos políticos que sacode a Venezuela , num momento em que o detido líder opositor Leopoldo López instou seus seguidores a continuar lutando para derrubar o governo socialista.
A televisão estatal informou que uma mulher morreu depois que a ambulância que a levava ao hospital foi bloqueada por manifestantes da oposição em Caracas. Segundo a VTV, ela estava sendo socorrida após sofrer um ataque cardíaco.
Mais cedo nesta quarta-feira, Génesis Carmona, modelo e estudante de turismo de 22 anos, morreu após ser baleada na cabeça na véspera, quando motoristas não identificados abriram fogo contra uma manifestação da oposição em Valencia. Ela chegou a ser operada, mas não resistiu.
"Até quando vamos viver assim? Até quando vamos aguentar essa pressão? Até quando vamos suportar isso, que nos matem?", disse um de seus familiares à Reuters por telefone. "Faltava um semestre para ela se formar", lamentou.
Há quase 20 dias, milhares de venezuelanos protestam nas ruas contra preocupações que vão desde a piora da economia até a insegurança no dividido país. Quatro pessoas morreram baleadas, uma de ataque cardíaco e outra atropelada, além de haver centenas de feridos.
Embora os protestos tenham se convertido no maior desafio de governabilidade do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, desde que assumiu o cargo em abril, não havia indícios de que sua administração será abalada.
Os militares, cruciais na história venezuelana para equilibrar a balança e pressionar pela saída de um mandatário, estão do lado do presidente.
Maduro garante que a oposição, com apoio dos Estados Unidos, tenta repetir o sangrento golpe de Estado que tirou brevemente do poder o então presidente Hugo Chávez em 2002. Mas López disse que quer revogar o mandato de Maduro por referendo, permitido pela Constituição para 2016.
Desafio a Maduro
López instou seus seguidores a lutar pela saída de Maduro, enquanto se preparava para enfrentar nesta quarta-feira a Justiça que o acusa de incitar a violência durante as manifestações em massa.
Economista de 42 anos educado nos Estados Unidos, López lidera a ala mais dura da oposição. Ele se entregou na terça-feira voluntariamente às autoridades em uma manifestação diante de um mar de simpatizantes, após uma semana fugindo de uma ordem de prisão expedida contra ele.
"Nossa causa foi, continua sendo e hoje mais do que nunca tem de ser a queda deste governo", disse López junto à sua mulher em um vídeo publicado na noite de terça-feira.
A Venezuela está dividida entre aqueles que defendem os planos sociais do governo que favorecem boa parte dos 29 milhões de habitantes por meio de subsídios milionários e os que querem uma mudança e estão cansados da elevada inflação, a falta de produtos e a crescente delinquência.
Em resposta às palavras de López, centenas de opositores se concentraram em frente ao Palácio da Justiça, onde o líder da oposição ouvirá suas acusações, depois de ter passado a noite em uma prisão militar nos arredores de Caracas
Atualizado às 21h27min do mesmo dia, com um novo número de vítimas.
Caracas - Subiu nesta quarta-feira para seis o número de mortos na onda de protestos políticos que sacode a Venezuela , num momento em que o detido líder opositor Leopoldo López instou seus seguidores a continuar lutando para derrubar o governo socialista.
A televisão estatal informou que uma mulher morreu depois que a ambulância que a levava ao hospital foi bloqueada por manifestantes da oposição em Caracas. Segundo a VTV, ela estava sendo socorrida após sofrer um ataque cardíaco.
Mais cedo nesta quarta-feira, Génesis Carmona, modelo e estudante de turismo de 22 anos, morreu após ser baleada na cabeça na véspera, quando motoristas não identificados abriram fogo contra uma manifestação da oposição em Valencia. Ela chegou a ser operada, mas não resistiu.
"Até quando vamos viver assim? Até quando vamos aguentar essa pressão? Até quando vamos suportar isso, que nos matem?", disse um de seus familiares à Reuters por telefone. "Faltava um semestre para ela se formar", lamentou.
Há quase 20 dias, milhares de venezuelanos protestam nas ruas contra preocupações que vão desde a piora da economia até a insegurança no dividido país. Quatro pessoas morreram baleadas, uma de ataque cardíaco e outra atropelada, além de haver centenas de feridos.
Embora os protestos tenham se convertido no maior desafio de governabilidade do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, desde que assumiu o cargo em abril, não havia indícios de que sua administração será abalada.
Os militares, cruciais na história venezuelana para equilibrar a balança e pressionar pela saída de um mandatário, estão do lado do presidente.
Maduro garante que a oposição, com apoio dos Estados Unidos, tenta repetir o sangrento golpe de Estado que tirou brevemente do poder o então presidente Hugo Chávez em 2002. Mas López disse que quer revogar o mandato de Maduro por referendo, permitido pela Constituição para 2016.
Desafio a Maduro
López instou seus seguidores a lutar pela saída de Maduro, enquanto se preparava para enfrentar nesta quarta-feira a Justiça que o acusa de incitar a violência durante as manifestações em massa.
Economista de 42 anos educado nos Estados Unidos, López lidera a ala mais dura da oposição. Ele se entregou na terça-feira voluntariamente às autoridades em uma manifestação diante de um mar de simpatizantes, após uma semana fugindo de uma ordem de prisão expedida contra ele.
"Nossa causa foi, continua sendo e hoje mais do que nunca tem de ser a queda deste governo", disse López junto à sua mulher em um vídeo publicado na noite de terça-feira.
A Venezuela está dividida entre aqueles que defendem os planos sociais do governo que favorecem boa parte dos 29 milhões de habitantes por meio de subsídios milionários e os que querem uma mudança e estão cansados da elevada inflação, a falta de produtos e a crescente delinquência.
Em resposta às palavras de López, centenas de opositores se concentraram em frente ao Palácio da Justiça, onde o líder da oposição ouvirá suas acusações, depois de ter passado a noite em uma prisão militar nos arredores de Caracas
Atualizado às 21h27min do mesmo dia, com um novo número de vítimas.