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Onda de atentados contra xiitas deixa 14 mortos no Iraque

O ataque mais mortífero aconteceu em Dujail, 60 km ao norte de Bagdá

Iraquianos observam o local de uma explosão em Kirkuk: os atentados não foram reivindicados, mas os extremistas sunitas regularmente atacam representantes políticos (Marwan Ibrahim/AFP)
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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2014 às 14h30.

Bagdá - Ao menos 14 pessoas foram mortas e 65 ficaram feridas no Iraque nesta quinta-feira em uma nova onda de atentados visando a comunidade xiita, informaram fontes médicas e de segurança, no dia seguinte à morte de 49 pessoas em outros ataques.

Essa nova onda de violências surge num contexto político tenso. O primeiro-ministro xiita Nuri al-Maliki vem enfrentando diversos protestos da minoria sunita iraquiana, indignada pela "estigmatização e marginalização" da qual afirma ser vítima.

O ataque mais mortífero aconteceu em Dujail, 60 km ao norte de Bagdá. Dois carros-bomba explodiram simultaneamente, um deles perto de um prédio administrativo, o outro perto de uma mesquita xiita, matando 7 pessoas.

Outras cinco pessoas morreram num atentado perto do estádio de futebol em Hilla, 100 km ao sul de Bagdá.

No local, um oficial da polícia acusou os habitantes do bairro de ajudar os extremistas a organizar os ataques, de acordo com testemunhas interrogadas pela AFP. Furiosos, os moradores se reuniram em frente à delegacia da cidade e lançaram pedras em direção ao prédio. Em seguida, eles bloquearam a estrada que liga Hilla à Diwaniya, mais ao sul. O policial foi preso, segundo uma fonte das forças de segurança.

Perto de Kerbala, cidade sagrada dos xiitas, ao sul de Bagdá, uma bomba magnética presa a um carro feriu 17 pessoas, sendo oito peregrinos xiitas vindos da Ásia, provavelmente do Paquistão, de acordo com um oficial da polícia e uma fonte médica.

Procurada pela AFP, a embaixada do Paquistão em Bagdá não estava disponível para comentar o fato.

No bairro Husseiniyah, de maioria xiita, no nordeste da capital, dois civis foram mortos na explosão de uma bomba colocada à beira da estrada.

Essas explosões acontecem no dia seguinte à onda de atentados sangrentos que deixou 49 mortos e 240 feridos por todo o país, segundo um novo boletim das autoridades sanitárias.

A cidade de Kirkuk, disputada pelo governo federal e a região autônoma do Curdistão, pagou o maior preço até agora com 33 mortos.

As violências seguem corriqueiras no Iraque, mesmo se em menor intensidade do que em 2006-2008.

os atentados de quarta-feira e quinta-feira não foram reivindicados, mas os extremistas sunitas regularmente atacam representantes políticos, a comunidade xiita e as forças de segurança, no intuito de desestabilizar o governo e atiçar as tensões religiosas.

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Bagdá - Ao menos 14 pessoas foram mortas e 65 ficaram feridas no Iraque nesta quinta-feira em uma nova onda de atentados visando a comunidade xiita, informaram fontes médicas e de segurança, no dia seguinte à morte de 49 pessoas em outros ataques.

Essa nova onda de violências surge num contexto político tenso. O primeiro-ministro xiita Nuri al-Maliki vem enfrentando diversos protestos da minoria sunita iraquiana, indignada pela "estigmatização e marginalização" da qual afirma ser vítima.

O ataque mais mortífero aconteceu em Dujail, 60 km ao norte de Bagdá. Dois carros-bomba explodiram simultaneamente, um deles perto de um prédio administrativo, o outro perto de uma mesquita xiita, matando 7 pessoas.

Outras cinco pessoas morreram num atentado perto do estádio de futebol em Hilla, 100 km ao sul de Bagdá.

No local, um oficial da polícia acusou os habitantes do bairro de ajudar os extremistas a organizar os ataques, de acordo com testemunhas interrogadas pela AFP. Furiosos, os moradores se reuniram em frente à delegacia da cidade e lançaram pedras em direção ao prédio. Em seguida, eles bloquearam a estrada que liga Hilla à Diwaniya, mais ao sul. O policial foi preso, segundo uma fonte das forças de segurança.

Perto de Kerbala, cidade sagrada dos xiitas, ao sul de Bagdá, uma bomba magnética presa a um carro feriu 17 pessoas, sendo oito peregrinos xiitas vindos da Ásia, provavelmente do Paquistão, de acordo com um oficial da polícia e uma fonte médica.

Procurada pela AFP, a embaixada do Paquistão em Bagdá não estava disponível para comentar o fato.

No bairro Husseiniyah, de maioria xiita, no nordeste da capital, dois civis foram mortos na explosão de uma bomba colocada à beira da estrada.

Essas explosões acontecem no dia seguinte à onda de atentados sangrentos que deixou 49 mortos e 240 feridos por todo o país, segundo um novo boletim das autoridades sanitárias.

A cidade de Kirkuk, disputada pelo governo federal e a região autônoma do Curdistão, pagou o maior preço até agora com 33 mortos.

As violências seguem corriqueiras no Iraque, mesmo se em menor intensidade do que em 2006-2008.

os atentados de quarta-feira e quinta-feira não foram reivindicados, mas os extremistas sunitas regularmente atacam representantes políticos, a comunidade xiita e as forças de segurança, no intuito de desestabilizar o governo e atiçar as tensões religiosas.

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