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OMS pede US$ 135 milhões em ajuda para travar surtos de mpox na África

Plano busca capacitar as comunidades para participarem ativamente na prevenção e controle de surtos e promover a pesquisa

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS ( FABRICE COFFRINI/AFP/Getty Images)

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS ( FABRICE COFFRINI/AFP/Getty Images)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 26 de agosto de 2024 às 11h33.

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O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou nesta segunda-feira que a agência da ONU desenvolveu um plano para travar os surtos de mpox na África que exige uma ajuda de US$ 135 milhões.

“Juntamente com os nossos parceiros, desenvolvemos um plano estratégico global de preparação e resposta ao mpox, que compartilhamos com todos os Estados-membros na sexta-feira e que foi publicado hoje”, disse Tedros na capital da República do Congo, Brazzaville, sobre os novos surtos da doença anteriormente conhecida como varíola dos macacos.

"O plano requer US$ 135 milhões durante os próximos seis meses para controlar estes surtos através de vigilância e resposta abrangentes", declarou o diretor-regional na abertura da 74ª sessão do Comitê Regional da OMS para África, que acontece até sexta-feira e que conta com a presença de ministros da Saúde de 47 países africanos.

O plano, segundo especificou, busca minimizar a transmissão zoonótica, capacitar as comunidades para participarem ativamente na prevenção e controle de surtos e promover a pesquisa e o acesso equitativo a contramedidas médicas, incluindo vacinas.

“Trata-se de um panorama complexo e dinâmico, e responder a cada um destes surtos e controlá-los exigirá uma resposta internacional complexa, abrangente e coordenada. É por isso que decidi declarar uma emergência de saúde pública de preocupação internacional” no dia 14, enfatizou Tedros.

O diretor-geral declarou-se “confiante” de que, com a liderança dos países afetados, o apoio da OMS e de outras organizações, será possível “controlar rapidamente este surto”.

Quase 21.500 casos de mpox e 591 mortes devido a esta doença foram registrados em 13 países africanos desde 1º de janeiro, afirmou na sexta-feira passada a agência de saúde da União Africana (UA).

Nesse período, foram detectados 21.466 casos (3.350 confirmados e 18.116 suspeitos) no Burundi, Camarões, República Centro-Africana, República do Congo, Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Gabão, Libéria, Quênia, Nigéria, Ruanda, África do Sul e Uganda, disse o diretor-geral dos Centros Africanos de Controle e Prevenção de Doenças, Jean Kaseya.

Em uma carta dirigida aos ministros da saúde do continente africano, Kaseya observou que “foram notificadas 591 mortes por mpox” desde o início de 2024, com uma taxa de mortalidade de 2,9%.

No dia 13, o África CDC declarou o mpox como “uma emergência de saúde pública de segurança continental”.

Um dia depois, a OMS declarou estado de alerta sanitário internacional para mpox, uma doença infecciosa que pode causar inchaço das glândulas e erupções cutâneas dolorosas ou com coceira, incluindo espinhas e bolhas.

O estado de alerta sanitário da OMS se deveu à rápida expansão e à elevada mortalidade da nova variante (clado 1b) no continente africano e a um primeiro caso na Suécia de um viajante que esteve em uma região da África onde o vírus circula com intensidade.

Esta variante é diferente do clado 2, que provocou um surto violento na África em 2022 e centenas de casos na Europa, América do Norte e países de outras regiões, e já levou à declaração de emergência sanitária internacional entre 2022 e 2023.

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