Ciência

OMS diz que duas novas mutações do coronavírus foram confirmadas

Em comunicado e coletiva de imprensa realizada nesta segunda, dia 21, entidade também afirmou que variação não está fora de controle

Coronavírus: novas mutações surgem no Reino Unido e na África do Sul (Getty Images/Getty Images)

Coronavírus: novas mutações surgem no Reino Unido e na África do Sul (Getty Images/Getty Images)

CA

Carla Aranha

Publicado em 21 de dezembro de 2020 às 17h47.

Última atualização em 21 de dezembro de 2020 às 18h01.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmou nesta segunda, dia 21, que a mutação do coronavírus identificada no Reino Unido é nova. A nova cepa foi observada no sudeste do país e em Londres.

A entidade também informou que foi notificada sobre a nova cepa pelo governo britânico na semana passada, quando também recebeu um comunicado da África do Sul sobre uma nova mutação encontrada no país. As duas novas mutações ocorreram separadamente.

"Na semana passada, recebemos duas notificações, uma do Reino Unido e outra da África do Sul, sobre duas novas variações do coronavírus circulando em cada um deses países", disse a OMS em comunicado.

Durante uma coletiva de imprensa realizada nesta segunda, a entidade também afirmou que as duas novas mutações apresentam variações parecidas, mas os estudos realizados mostraram que elas são diferentes entre si.

A OMS disse que o governo britânico alertou para a rápida propagação da nova cepa no Reino Unido. De acordo com a entidade, ainda não há confirmação a respeito e a nova variação do coronavírus não estaria fora de controle. Também não existem ainda informações mais detalhadas sobre a nova variação em circulação na África do Sul.

De qualquer modo, as novas cepas não devem impactar a eficácia das vacinas, segundo a OMS, já que as mutações são pequenas, embora possam aumentar a capacidade de infeccionar o organismo ao se ligar com mais eficácia às células humanas. Não há sinais, até agora, que as novas cepas possam ser mais letais.

A OMS informou, durante a coletiva, que mutações, comuns em vírus, não são uma surpresa. A entidade afirmou ainda que o SARS-CoV-2, que causa a covid-19, muda mais devagar do que outras viroses, como o HIV ou o vírus da gripe. Isso acontece pelo fato de que o SARS-CoV-2 possui um “mecanismo de revisão” interno que corrige erros ao fazer cópias de si mesmo.

"A maioria das mudanças têm pouco ou nenhum impacto nas propriedades do vírus", comunicou a OMS. Ocasionalmente, eles resultam em uma variante do vírus que se adapta melhor ao ambiente em comparação com o vírus original. "Esse processo de seleção de variantes bem-sucedidas é chamado de “evolução viral” e é algo pelo qual todos os vírus passam", afirma a entidade.

Até agora, segundo a OMS, o coronavírus mudou muito pouco, não exercendo um impacto significativo sobre o diagnóstico da covid-19, o tratamento terapêutico usado para combater a doença ou o desenvolvimento das vacinas. De qualquer forma, os países devem tomar as precauções necessárias para conter a propagação do coronavírus e suas mutações, alertou a entidade.

 

 

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