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Ofensiva continua até população estar segura, diz Israel

O primeiro-ministro israelense disse que a ofensiva militar em Gaza continuará até que os israelenses estejam seguros


	O premiê de Israel, Benjamin Netanyahu: "conquistas no campo de batalha são claras"
 (Gali Tibbon/AFP)

O premiê de Israel, Benjamin Netanyahu: "conquistas no campo de batalha são claras" (Gali Tibbon/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de julho de 2014 às 14h01.

Jerusalém - Em meio aos esforços diplomáticos na arena internacional para um cessar-fogo em Gaza, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse nesta segunda-feira que a ofensiva militar na faixa continuará até que os israelenses estejam seguros.

"O exército israelense está avançando no terreno de acordo com o programado. As conquistas no campo de batalha são claras. Estou impressionado com as operações para destruir os túneis, que tiveram resultados acima das expectativas", disse Netanyahu em uma visita a posições militares no sul de Israel.

Acompanhado pelo titular da Defesa, Moshe Yaalon, e pelo chefe do Estado-Maior, o general Beny Gantz, o primeiro-ministro estimulou as tropas em seu trabalho, apesar das baixas sofridas nos últimos dias por causa do início da incursão terrestre em Gaza na quinta-feira passada.

"Em nome do povo israelense digo a todos os nossos soldados no campo de batalha que estamos orgulhosos de sua força de espírito e rezamos por sua segurança. A campanha militar é complexa e enfrentará momentos difíceis, mas estou otimista de que juntos poderemos alcançar os objetivos que estabelecemos", disse.

As declarações de Netanyahu acontecem em meio a um baile diplomático no qual o secretário de Estado americano, John Kerry, viaja para o Cairo para se somar aos esforços internacionais para conseguir uma pausa nos combates entre israelenses e palestinos.

Desde o início da operação israelense, em 8 de julho, mais de 500 palestinos e 20 israelenses (18 deles, soldados) morreram na onda de violência que se intensificou ontem com bombardeios israelenses sobre um bairro de Gaza.

Kerry e outros diplomatas buscam que seja retomada a trégua entre palestinos e israelenses dentro dos termos de um acordo feito em novembro de 2012, na época com mediação egípcia.

Nas gestões participa também o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, que já está na região.

Em paralelo, vários ministros israelenses expressaram suas ressalvas sobre essas gestões diplomáticas destinadas a conseguir uma cessação de hostilidades na zona.

Alguns deles, inclusive, sugeriram que as tropas israelenses permaneçam em partes da Faixa de Gaza, como o ministro da Comunicação, Gilad Erdán, que assegurou que enquanto Israel não destruir os vários túneis subterrâneos usados pelas milícias palestinas não deveria aceitar um cessar-fogo.

"Devemos estudar a possibilidade de deixar uma presença do exército israelense em partes do norte de Gaza", expôs.

E o titular de Assuntos Estratégicos, Yuval Steinitz, considerou durante uma visita a um hospital israelense "que a luta continuará durante um longo período e poderia haver pioras. O principal objetivo é atingir o Hamas e destruir sua infraestrutura".

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