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OEA sugere sanções contra governantes venezuelanos

Não podemos subestimar as ditaduras, disse o secretário-geral da OEA sobre o governo de Maduro

O secretário-geral da OEA afirmou que a Venezuela é trágica para toda América Latina (Ueslei Marcelino/Reuters)

O secretário-geral da OEA afirmou que a Venezuela é trágica para toda América Latina (Ueslei Marcelino/Reuters)

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EFE

Publicado em 16 de março de 2018 às 11h44.

Madri - O secretário-geral da Organização de Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, sugeriu nesta sexta-feira a aplicação de sanções contra dirigentes da Venezuela como uma das vias para acabar com o que chamou de "ditadura" de Nicolás Maduro.

"Há bens (de governantes) bolivarianos em quase todos os países latino-americanos", disse Almagro, que participou de um debate sobre a Venezuela e as democracias da América Latina junto ao escritor peruano e Prêmio Nobel de Literatura Mario Vargas Llosa.

Na Casa da América em Madri, Almagro defendeu as sanções para acabar com a "impunidade dos crimes de contra a humanidade" cometidos pelas autoridades venezuelanas, as quais vinculou ao terrorismo e o narcotráfico.

O chefe da OEA disse que grupos no Oriente Médio como o Hezbollah são financiados graças ao narcotráfico na Venezuela e pediu à comunidade internacional que atue contra o regime de Maduro.

"Não podemos subestimar as ditaduras", ressaltou Almagro, para quem as sanções contra as autoridades de Caracas devem vir antes de qualquer outra alternativa.

As ações futuras podem passar inclusive por levar alguns líderes venezuelanos à Corte Internacional de Justiça, acrescentou o secretário-geral.

Por sua vez, Vargas Llosa afirmou que na Venezuela há um "retrocesso dramático" político, econômico e social, derivado da "ditadura" de Hugo Chávez e depois de Nicolás Maduro.

"A Venezuela é trágica para toda a América Latina", afirmou o escritor, que também prestou homenagem à "coragem" da oposição.

Sobre as eleições presidenciais de maio na Venezuela, ambos concordaram que são uma "farsa" que deve ser denunciada pelos governos internacionais.

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