OCDE recebeu mais de 800 mil pedidos de asilo em 2014
O número de pedidos de asilo representou aumento de 46% em 2014 - índice não visto desde 1992, o segundo maior em 35 anos – e poderá ser ainda maior em 2015
Da Redação
Publicado em 22 de setembro de 2015 às 08h42.
Os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico ( OCDE ) enfrentam grave crise de refugiados , com mais de 800 mil pedidos de asilo em 2014, diz relatório divulgado hoje (22) em Paris pela organização.
O número de pedidos de asilo representou aumento de 46% em 2014 - índice não visto desde 1992, o segundo maior em 35 anos – e poderá ser ainda maior em 2015.
Os principais países de destino são a Alemanha, os Estados Unidos, a Turquia, a Suécia e a Itália. A França está na sexta posição, depois de ficar, por longo tempo, entre os três principais países de destino.
“Embora as migrações humanitárias sejam uma questão de preocupação crescente em várias regiões do mundo, principalmente na Ásia, é a Europa que registra a maior parte dos pedidos de asilo (mais de 600 mil em 2014)”.
Segundo o documento, “isto é claramente uma situação de emergência, que requer resposta coordenada em nível europeu e mundial”.
“Na Europa, a crise humanitária faz parte de um contexto mais amplo de dificuldades crescentes relativas à migração irregular”, diz o texto, acrescentando que “a ausência de controle nas fronteiras líbias criou uma situação inédita, e o número de entradas irregulares, medida pela agência europeia Frontex, aumenta constantemente”.
Segundo a OCDE, nos primeiros seis meses de 2015, cerca de 137 mil pessoas desembarcaram na costa da Grécia, Itália, de Malta e da Espanha, o que corresponde a um aumento significativo de 83% em relação aos 75 mil observados no mesmo período de 2014.
“O fato de essas chegadas não comportarem somente potenciais refugiados, mas também migrantes que não têm sempre a necessidade comprovada de proteção, acrescenta uma pressão suplementar”.
Para a organização, “a crise humanitária atual ocorre em um período relativamente delicado para a economia e o mercado de trabalho na Europa, assim como em um contexto de luta mundial contra o terrorismo”.
O essencial das migrações para a Europa e para os países da OCDE é sempre feito pelas vias legais. A imigração legal permanente para os países da OCDE foi 4,3 milhões de pessoas em 2014, um aumento de 6% em relação a 2013.
Na União Europeia, a imigração legal proveniente de países que não pertencem ao bloco é comparável ao que é observado nos Estados Unidos, cerca de 1 milhão por ano. Conforme o relatório, a integração dos imigrantes e seus filhos necessita de políticas públicas apropriadas.
Os trabalhos recentes da organização mostram que, apesar de melhorias líquidas de uma geração para outra, em vários países, os imigrantes são mais afetados pelo desemprego, por empregos menos qualificados ou são muito qualificados para o emprego que têm, enfrentando frequentemente a pobreza.
A OCDE reúne 34 países, a maioria considerados desenvolvidos, com elevado Produto Interno Bruto e Índice de Desenvolvimento Humano.
Os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico ( OCDE ) enfrentam grave crise de refugiados , com mais de 800 mil pedidos de asilo em 2014, diz relatório divulgado hoje (22) em Paris pela organização.
O número de pedidos de asilo representou aumento de 46% em 2014 - índice não visto desde 1992, o segundo maior em 35 anos – e poderá ser ainda maior em 2015.
Os principais países de destino são a Alemanha, os Estados Unidos, a Turquia, a Suécia e a Itália. A França está na sexta posição, depois de ficar, por longo tempo, entre os três principais países de destino.
“Embora as migrações humanitárias sejam uma questão de preocupação crescente em várias regiões do mundo, principalmente na Ásia, é a Europa que registra a maior parte dos pedidos de asilo (mais de 600 mil em 2014)”.
Segundo o documento, “isto é claramente uma situação de emergência, que requer resposta coordenada em nível europeu e mundial”.
“Na Europa, a crise humanitária faz parte de um contexto mais amplo de dificuldades crescentes relativas à migração irregular”, diz o texto, acrescentando que “a ausência de controle nas fronteiras líbias criou uma situação inédita, e o número de entradas irregulares, medida pela agência europeia Frontex, aumenta constantemente”.
Segundo a OCDE, nos primeiros seis meses de 2015, cerca de 137 mil pessoas desembarcaram na costa da Grécia, Itália, de Malta e da Espanha, o que corresponde a um aumento significativo de 83% em relação aos 75 mil observados no mesmo período de 2014.
“O fato de essas chegadas não comportarem somente potenciais refugiados, mas também migrantes que não têm sempre a necessidade comprovada de proteção, acrescenta uma pressão suplementar”.
Para a organização, “a crise humanitária atual ocorre em um período relativamente delicado para a economia e o mercado de trabalho na Europa, assim como em um contexto de luta mundial contra o terrorismo”.
O essencial das migrações para a Europa e para os países da OCDE é sempre feito pelas vias legais. A imigração legal permanente para os países da OCDE foi 4,3 milhões de pessoas em 2014, um aumento de 6% em relação a 2013.
Na União Europeia, a imigração legal proveniente de países que não pertencem ao bloco é comparável ao que é observado nos Estados Unidos, cerca de 1 milhão por ano. Conforme o relatório, a integração dos imigrantes e seus filhos necessita de políticas públicas apropriadas.
Os trabalhos recentes da organização mostram que, apesar de melhorias líquidas de uma geração para outra, em vários países, os imigrantes são mais afetados pelo desemprego, por empregos menos qualificados ou são muito qualificados para o emprego que têm, enfrentando frequentemente a pobreza.
A OCDE reúne 34 países, a maioria considerados desenvolvidos, com elevado Produto Interno Bruto e Índice de Desenvolvimento Humano.