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Observadores da ONU suspendem missão na Síria

Em comunicado, o general Robert Mood, chefe da missão, explicou que as atividades foram suspensas devido à "intensificação da violência" no país

Explosão na Síria: escalada da violência preocupa os observadores da ONU (David Manyua/AFP)
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Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2012 às 19h48.

Os observadores da ONU suspenderam suas atividades na Síria devido à "intensificação da violência", anunciou neste sábado em um comunicado o general norueguês Robert Mood, chefe da missão.

"Devido à intensificação da violência armada nestes dez dias (...) e aos riscos, a missão de observadores da ONU (UNSMIS) suspende suas atividades. Os observadores deixarão de patrulhar até nova ordem", afirmou o comunicado do general Mood. "Os contatos com as partes serão limitados", completou.

"A ausência de vontade das duas partes (governo e rebeldes) para chegar a uma transição pacífica aumentam as perdas", afirmou o comunicado do general Mood.

"Civis inocentes, homens, mulheres e crianças morreram todos os dias. Isso aumenta também os riscos dos observadores", explicou o general Mood.

"Esta suspensão das atividades da ONU será reavaliada cotidianamente. As atividades serão retomadas quando a situação permitir", concluiu o comunicado.

Em reação à notícia, o ministério sírio das Relações Exteriores afirmou compreender a decisão dos observadores, mas negou qualquer responsabilidade do governo no aumento da violência.

"O ministério compreende a decisão tomada pelo general Robert Mood (...) Os grupos terroristas armados intensificaram suas operações criminosas, tomaram com alvo principalmente os observadores da ONU e ameaçaram suas vidas", indica um comunicado publicado pela agência de notícias oficial Sana.

A missão da ONU, proposta pelo mediador da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, foi mobilizada na Síria no último mês de abril.

O ex-presidente do Conselho Nacional Sírio (CNS, principal coalizão de oposição), Burhan Ghalioun, pediu, por sua vez, que os Capacetes Azuis sejam deslocados para a Síria, depois de informado sobre a decisão dos observadores.

"Hoje está claro que não podemos contar com observadores desarmados. É preciso enviar Capacetes Azuis à Síria, uma missão mais numerosa e capaz de proteger-se da violência do regime", afirmou o líder opositor à imprensa em Istambul.

Pelo menos 18 pessoas morreram desde a noite de quinta-feira, incluindo 12 civis,na província de Damasco, bombardeada pelas tropas do governo.

Mais de mil famílias estão cercadas e também são alvo de bombardeios em vários bairros de Homs (centro), segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que pediu à ONU que intervenha imediatamente para controlar a situação.

Por fim, um general sírio desertou e fugiu para a Turquia, segundo anunciou a agência turca Anatolia, o que eleva para dez o número de generais sírios desertores em solo turco.

Este oficial superior, que não teve a identidade revelada por questões de segurança, chegou à Turquia com sua família, e foi instalado no campo de Apaydin, província de Hatay, um local reservado aos desertores e situado a 4 km da fronteira síria.

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Os observadores da ONU suspenderam suas atividades na Síria devido à "intensificação da violência", anunciou neste sábado em um comunicado o general norueguês Robert Mood, chefe da missão.

"Devido à intensificação da violência armada nestes dez dias (...) e aos riscos, a missão de observadores da ONU (UNSMIS) suspende suas atividades. Os observadores deixarão de patrulhar até nova ordem", afirmou o comunicado do general Mood. "Os contatos com as partes serão limitados", completou.

"A ausência de vontade das duas partes (governo e rebeldes) para chegar a uma transição pacífica aumentam as perdas", afirmou o comunicado do general Mood.

"Civis inocentes, homens, mulheres e crianças morreram todos os dias. Isso aumenta também os riscos dos observadores", explicou o general Mood.

"Esta suspensão das atividades da ONU será reavaliada cotidianamente. As atividades serão retomadas quando a situação permitir", concluiu o comunicado.

Em reação à notícia, o ministério sírio das Relações Exteriores afirmou compreender a decisão dos observadores, mas negou qualquer responsabilidade do governo no aumento da violência.

"O ministério compreende a decisão tomada pelo general Robert Mood (...) Os grupos terroristas armados intensificaram suas operações criminosas, tomaram com alvo principalmente os observadores da ONU e ameaçaram suas vidas", indica um comunicado publicado pela agência de notícias oficial Sana.

A missão da ONU, proposta pelo mediador da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, foi mobilizada na Síria no último mês de abril.

O ex-presidente do Conselho Nacional Sírio (CNS, principal coalizão de oposição), Burhan Ghalioun, pediu, por sua vez, que os Capacetes Azuis sejam deslocados para a Síria, depois de informado sobre a decisão dos observadores.

"Hoje está claro que não podemos contar com observadores desarmados. É preciso enviar Capacetes Azuis à Síria, uma missão mais numerosa e capaz de proteger-se da violência do regime", afirmou o líder opositor à imprensa em Istambul.

Pelo menos 18 pessoas morreram desde a noite de quinta-feira, incluindo 12 civis,na província de Damasco, bombardeada pelas tropas do governo.

Mais de mil famílias estão cercadas e também são alvo de bombardeios em vários bairros de Homs (centro), segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que pediu à ONU que intervenha imediatamente para controlar a situação.

Por fim, um general sírio desertou e fugiu para a Turquia, segundo anunciou a agência turca Anatolia, o que eleva para dez o número de generais sírios desertores em solo turco.

Este oficial superior, que não teve a identidade revelada por questões de segurança, chegou à Turquia com sua família, e foi instalado no campo de Apaydin, província de Hatay, um local reservado aos desertores e situado a 4 km da fronteira síria.

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