Obras estão paradas em Jirau e seguem em Belo Monte
Trinta e seis alojamentos foram atingindos pelo incêndio provocado por trabalhadores em Jirau que estavam insatisfeitos com o acordo firmado na semana passada
Da Redação
Publicado em 4 de abril de 2012 às 17h56.
São Paulo - As atividades nas obras da usina hidrelétrica Jirau, em Rondônia, ainda não têm previsão para retomada depois do incêndio nos alojamentos ocorrido na madrugada da terça-feira, segundo a Construtora Camargo Corrêa, que lidera as obras civis.
Já na hidrelétrica Belo Monte, em Altamira, alguns trabalhadores formaram uma barricada no acesso aos canteiros da usina, impedindo que todos os operários chegassem às obras.
Trinta e seis alojamentos foram atingindos pelo incêndio provocado por trabalhadores em Jirau que estavam insatisfeitos com o acordo firmado na semana passada entre os representantes do sindicato e os empreedendores da usina. Foi aprovada antecipação de aumento salarial de até 7 por cento e aumento da cesta básica para até 220 reais.
Depois do ocorrido, alguns operários teriam ainda desistido de trabalhar nas obras da usina e pediram o desligamento da Camargo Corrêa, segundo o presidente da Confederação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e da Madeira (Conticom), Claudio Gomes, que não soube precisar quantos trabalhadores teriam feito isso.
"A grande maioria dos trabalhadores reagiu com indignação", disse Gomes sobre o incêndio provocado, ao acrescentar que a maioria dos operários não aprova a revolta ocorrida.
A Camargo Corrêa continua providenciando alojamento para os trabalhadores que optaram por ficar em Porto Velho.
As atividades no canteiro de Jirau tinham sido retomadas na segunda-feira, depois de uma paralisação de 26 dias, motivada por reivindicações dos trabalhadores por aumento de salários, entre outros pedidos. Posteriormente, a outra usina do rio Madeira, Santo Antônio, também chegou a paralisar as atividades.
O presidente da Conticom disse que o tumulto em Jirau não afetou o andamento das obras na outra usina do rio Madeira, Santo Antônio. O Consórcio Construtor Santo Antônio confirmou que os trabalhadores exercem suas atividades normalmente desde a última segunda-feira, quando terminaram a paralisação.
Já o Consórcio Construtor Belo Monte disse que apesar da barricada que impediu o acesso de alguns dos trabalhadores às obras, as cinco frentes de obras da usina funcionaram nesta quarta-feira.
Em março do ano passado, uma rebelião em Jirau resultou na paralisação das obras da usina, que está incluída no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Na ocasião, uma discussão entre funcionários tornou-se motim que resultou em alojamentos e ônibus incendiados, além de saques a lojas e bancos em Porto Velho .
A empresa responsável pela usina Jirau, a Energia Sustentável do Brasil, informou que ainda não há estudos sobre os impactos da rebelião no cronograma das obras. A usina de 3.750 MW tem a entrada em operação prevista para o último trimestre deste ano.
A hidrelétrica Santo Antônio (3.150 MW) entrou em operação comercial no final de março, com duas turbinas, mas as obras ainda não estão totalmente finalizadas.
A usina Belo Monte (11 mil MW) tem entrada em operação prevista para 2015.
Reforço - Mais cedo, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, que atua na interlocução do governo com movimentos sociais, afirmou que o incêndio ocorrido em Jirau foi um ato de "banditismo" e "vandalismo", e não de mobilização sindical.
"Nós não consideramos essa ação que houve lá uma ação sindical ou uma ação de mobilização, mas um vandalismo, um banditismo, e como tal será tratado", disse o ministro a jornalistas.
Carvalho afirmou que o governo resolveu agir com "muita radicalidade" e "reforçou" a Força Nacional na região, mas descartou que o Exército seja enviado.
"Nós queremos assegurar democraticamente o direito dos trabalhadores, que decidiram por maioria voltar ao trabalho", disse.
São Paulo - As atividades nas obras da usina hidrelétrica Jirau, em Rondônia, ainda não têm previsão para retomada depois do incêndio nos alojamentos ocorrido na madrugada da terça-feira, segundo a Construtora Camargo Corrêa, que lidera as obras civis.
Já na hidrelétrica Belo Monte, em Altamira, alguns trabalhadores formaram uma barricada no acesso aos canteiros da usina, impedindo que todos os operários chegassem às obras.
Trinta e seis alojamentos foram atingindos pelo incêndio provocado por trabalhadores em Jirau que estavam insatisfeitos com o acordo firmado na semana passada entre os representantes do sindicato e os empreedendores da usina. Foi aprovada antecipação de aumento salarial de até 7 por cento e aumento da cesta básica para até 220 reais.
Depois do ocorrido, alguns operários teriam ainda desistido de trabalhar nas obras da usina e pediram o desligamento da Camargo Corrêa, segundo o presidente da Confederação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e da Madeira (Conticom), Claudio Gomes, que não soube precisar quantos trabalhadores teriam feito isso.
"A grande maioria dos trabalhadores reagiu com indignação", disse Gomes sobre o incêndio provocado, ao acrescentar que a maioria dos operários não aprova a revolta ocorrida.
A Camargo Corrêa continua providenciando alojamento para os trabalhadores que optaram por ficar em Porto Velho.
As atividades no canteiro de Jirau tinham sido retomadas na segunda-feira, depois de uma paralisação de 26 dias, motivada por reivindicações dos trabalhadores por aumento de salários, entre outros pedidos. Posteriormente, a outra usina do rio Madeira, Santo Antônio, também chegou a paralisar as atividades.
O presidente da Conticom disse que o tumulto em Jirau não afetou o andamento das obras na outra usina do rio Madeira, Santo Antônio. O Consórcio Construtor Santo Antônio confirmou que os trabalhadores exercem suas atividades normalmente desde a última segunda-feira, quando terminaram a paralisação.
Já o Consórcio Construtor Belo Monte disse que apesar da barricada que impediu o acesso de alguns dos trabalhadores às obras, as cinco frentes de obras da usina funcionaram nesta quarta-feira.
Em março do ano passado, uma rebelião em Jirau resultou na paralisação das obras da usina, que está incluída no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Na ocasião, uma discussão entre funcionários tornou-se motim que resultou em alojamentos e ônibus incendiados, além de saques a lojas e bancos em Porto Velho .
A empresa responsável pela usina Jirau, a Energia Sustentável do Brasil, informou que ainda não há estudos sobre os impactos da rebelião no cronograma das obras. A usina de 3.750 MW tem a entrada em operação prevista para o último trimestre deste ano.
A hidrelétrica Santo Antônio (3.150 MW) entrou em operação comercial no final de março, com duas turbinas, mas as obras ainda não estão totalmente finalizadas.
A usina Belo Monte (11 mil MW) tem entrada em operação prevista para 2015.
Reforço - Mais cedo, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, que atua na interlocução do governo com movimentos sociais, afirmou que o incêndio ocorrido em Jirau foi um ato de "banditismo" e "vandalismo", e não de mobilização sindical.
"Nós não consideramos essa ação que houve lá uma ação sindical ou uma ação de mobilização, mas um vandalismo, um banditismo, e como tal será tratado", disse o ministro a jornalistas.
Carvalho afirmou que o governo resolveu agir com "muita radicalidade" e "reforçou" a Força Nacional na região, mas descartou que o Exército seja enviado.
"Nós queremos assegurar democraticamente o direito dos trabalhadores, que decidiram por maioria voltar ao trabalho", disse.