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Objetos de membro desaparecido do WikiLeaks são encontrados na Noruega

Arjen Kamphuis, um especialista em cibersegurança, foi visto pela última vez em 20 de agosto, quando deixava seu hotel durante suas férias

Arjen Kamphuis: os pertences do colaborador do WikiLeaks foram encontrados em um rio por um pescador (Dennis van Zuijlekom/Flickr)

Arjen Kamphuis: os pertences do colaborador do WikiLeaks foram encontrados em um rio por um pescador (Dennis van Zuijlekom/Flickr)

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AFP

Publicado em 12 de setembro de 2018 às 11h35.

Última atualização em 12 de setembro de 2018 às 11h41.

Os objetos pessoais de Arjen Kamphuis, um colaborador holandês de WikiLeaks desaparecido na Noruega há três semanas, foram encontrados em um fiorde do país - indicou a Polícia nesta quarta-feira (12).

Um pescador encontrou, na terça, vários objetos do desaparecido boiando na água, indicou a Polícia em um comunicado, sem dar detalhes.

Kamphuis, um especialista em cibersegurança de 47 anos considerado um associado do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, foi visto pela última vez em 20 de agosto, quando deixava seu hotel em Bodø, no norte do país escandinavo, onde estava de férias.

O desaparecimento, considerado "estranho" pelo WikiLeaks, alimenta várias teorias nas redes sociais.

A Polícia aponta para três hipóteses: o desaparecimento voluntário (que inclui suicídio), um acidente, ou um ato criminoso.

"Não avançamos o suficiente em nossa investigação para poder eliminar, ou confirmar, uma dessas três teorias", disse à AFP o inspetor Bjarte Walla.

"Mantemos todas as possibilidades em aberto", acrescentou.

Os objetos foram encontrados perto de Kvaenflåget, 50 quilômetros ao leste de Bodø. A Polícia e os socorristas estão rastreando a zona, tanto na água quanto na superfície, indicou Walla.

Segundo Ancilla van de Leest, uma amiga do desaparecido, Kamphuis não mostrava "absolutamente qualquer sinal de querer desaparecer".

"Ao contrário, tinha muitos projetos, tanto pessoais quanto profissionais", disse à AFP.

Segundo os investigadores, em 20 de agosto, o holandês teria tomado um trem de Bodø para Rognan, um pouco mais ao sudeste.

De acordo com o WikiLeaks, ele tinha uma passagem aérea para um voo em 22 de agosto que saía de Trondheim e no qual nunca embarcou.

Soma-se ao mistério o fato de seu telefone ter sido detectado em 30 de agosto por uma antena de telefonia perto de Stavanger (sudoeste), a mais de 1.600 quilômetros de Bodø. A Polícia não sabe se foi o próprio Arjen Kamphuis que ativou o aparelho.

Na segunda-feira, dois investigadores holandeses chegaram a Bodø para colaborar com seus colegas noruegueses.

Fotos nas redes sociais mostram Kamphuis de óculos, cabelo loiro e de barba.

A plataforma WikiLeaks é conhecida por publicar documentos comprometedores da diplomacia e do Exército americano.

Segundo Ancilla van de Leest, as relações entre Arjen Kamphuis e WikiLeaks "foram exageradas pela imprensa".

"Ele ajuda várias organizações, dando-lhes conselhos em cibersegurança", entre elas o WikiLeaks, completou.

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