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Obama vai punir fiscais da Receita envolvidos em escândalo

O presidente prometeu punir os responsáveis pelo escândalo envolvendo a Receita Federal Americana, que teria investigado membros do movimento conservador "Tea Party"

O procurador-geral dos EUA, Eric Holder, anunciou uma investigação para determinar se o IRS infringiu a lei (AFP / Alex Wong)
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Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2013 às 07h56.

Washington - O presidente dos EUA, Barack Obama , prometeu punir os responsáveis pelo escândalo envolvendo a Receita Federal Americana, que teria investigado membros do movimento conservador 'Tea Party' de forma "intolerável e indesculpável" .

O presidente ordenou ao secretário do Tesouro, Jack Lew, que adote as medidas apropriadas contra os responsáveis por estas ações dentro do Internal Revenue Service (IRS)

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"O governo federal deve se comportar de maneira que o público possa ter confiança, e isto é especialmente necessário no IRS", assinalou Obama, destacando que "certos funcionários não passaram no teste", em referência ao relatório que revela a utilização de critérios políticos "inadequados" para investigar, durante 18 meses, membros do movimento de extrema direita Tea Party.

"Espero de todos os que trabalham no governo federal o comportamento mais ético e moral possível", disse o presidente, acrescentando que "as conclusões do relatório são intoleráveis e indesculpáveis".

"O IRS deve aplicar a lei de maneira justa e imparcial, e seus funcionários precisam agir com a máxima integridade. Este relatório revela que alguns funcionários não estão fazendo isto".

Mais cedo, em entrevista coletiva ao lado do premier britânico, David Cameron, o presidente admitiu que é "escandaloso" que a Receita Federal tenha investigado especialmente grupos surgidos do 'Tea Party'.


O IRS reconheceu que, de fato, esse era o caso e pediu desculpas. Já o Congresso anunciou a abertura imediata de investigações parlamentares. As audiências começam esta semana.

Segundo o relatório, nos primeiros meses de "2010 o IRS começou a utilizar critérios inadequados" para investigar o setor mais duro dos republicanos, rastreando organizações ligadas ao 'Tea Party' como 'Patriotas' e '9/12', entre outras.

Após admitir os erros, o IRS informou que obteve "progressos significativos" nos procedimentos, que evitarão a repetição deste tipo de fato no futuro.

O procurador-geral, Eric Holder, anunciou o início de uma investigação para determinar se o IRS infringiu a lei ao se concentrar nos grupos conservadores.

"Como todo mundo admite, acho que esses fatos, embora não tenham sido ilegais, são escandalosos e inaceitáveis", afirmou Holder. "Mas estamos examinando os fatos para ver se a lei foi violada".

Alguns conservadores, entre congressistas e editorialistas, agora evocam abertamente o fantasma do escândalo de Watergate, que custou a presidência de Richard Nixon em 1974.

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