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Obama se reúne com especialistas para fechar Guantánamo

Presidente se reuniu com os enviados encarregados da transferência dos presos da Base Naval de Guantánamo com o objetivo de fechá-la


	Bandeira dos Estados Unidos na base naval de Guantánamo: prisão está em operação desde 2002, onde são encarcerados suspeitos de colaborar com terrorismo
 (Chantal Valery/AFP)

Bandeira dos Estados Unidos na base naval de Guantánamo: prisão está em operação desde 2002, onde são encarcerados suspeitos de colaborar com terrorismo (Chantal Valery/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2013 às 22h04.

Washington - O presidente americano, Barack Obama, se reuniu nesta segunda-feira com os enviados do Departamento de Defesa e do Departamento de Estado encarregados da transferência dos presos da Base Naval de Guantánamo com o objetivo de fechá-la.

Em comunicado, a Casa Branca detalhou que o presidente se encontrou com Clifford Sloan (Departamento de Estado) e Paul Lewis (Departamento de Defesa) e lhes transmitiu seu apoio ao objetivo de fechar definitivamente a prisão, operacional desde 2002 e onde foram encarcerados os suspeitos de colaborar com o terrorismo islamita.

"As instalações de Guantánamo continuam minguando nossos recursos e prejudicando nossa imagem no mundo", indicou a Casa Branca, que lembrou que os Estados Unidos gastam US$ 1 milhão por ano com cada um dos detidos nessa prisão isolada em território cubano.

"Em todo o possível, a Administração seguirá transferindo detidos que têm autorização para ser transferidos a outros países e pedirá ao Congresso que suspenda as restrições", assegura a Casa Branca.

Lewis, enviado especial do Pentágono, foi nomeado no mês passado para um cargo que nunca tinha sido ocupado antes, enquanto Sloan foi eleito para o cargo paralelo do Departamento de Estado em junho, após um vazio de meses.

Obama, que ordenou a criação desses dois postos, se comprometeu no último mês de maio a traçar um plano para a transferência de presos a países que já deram sinal verde para recebê-los. Mais da metade dos 164 detentos do presídio estão nessa situação.

No entanto, a maior dificuldade reside naqueles 48 detidos que não podem ser libertados, uma vez que representam um sério perigo para a segurança nacional, nem julgados, porque ou não há provas suficientes ou as evidências estão gravemente prejudicadas pela tortura.

Além disso, se deve determinar a situação dos 16 detidos de "alto valor" que deveriam ser julgados em território americano se Guantánamo for finalmente fechada.

Hoje, o secretário de Justiça de EUA, Eric Holder, disse que não se arrepende de ter tentado em 2009 que Khalid Sheikh Mohamed, suposto cérebro dos atentados de 11 de setembro de 2001, e quatro de seus cúmplices fossem julgados em um tribunal federal em Nova York, algo que levantou uma grande oposição, especialmente nessa cidade.

Holder lembrou que, se tivesse sido seguido o procedimento legal ordinário, Sheikh Mohammed e seus supostos cúmplices "estariam atualmente no corredor da morte".

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