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Obama refuta referendo pró-russo da Crimeia e aprova sanções

Obama enviou, além disso, uma advertência à Rússia de que os Estados Unidos e seus aliados europeus permanecerão "unidos" em sua resposta

Barack Obama: ordem executiva assinada hoje pelo presidente não especifica, por enquanto, quem será afetado por esta sanção (Kevin Lamarque/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de março de 2014 às 14h24.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , rejeitou nesta quinta-feira como ilegal a manobra encaminhada a separar Crimeia da Ucrânia , e anunciou uma série de medidas para sancionar os responsáveis das ameaças à integridade e soberania do país europeu.

Em um comparecimento não previsto perante a imprensa, Obama enviou, além disso, uma advertência à Rússia de que os Estados Unidos e seus aliados europeus permanecerão "unidos" em sua resposta, se o governo russo não der marcha à ré.

Previamente, o Departamento de Estado tinha anunciado que restringirá os vistos "a vários funcionários e indivíduos responsáveis ou cúmplices na ameaça à soberania e a integridade territoriais" ucranianas.

A ordem executiva assinada hoje pelo presidente não especifica, por enquanto, quem será afetado por esta sanção (ucranianos ou russos).

A confirmação das identidades parece ser reservada para um momento posterior no caso de Moscou persistir em sua linha de ação.

"Nesta manhã, assinei uma ordem executiva que autoriza sanções contra indivíduos e entidades responsáveis da violação da soberania e a integridade territorial da Ucrânia e do roubo de bens da população ucraniana", explicou Obama.

"Estas decisões dão continuidade aos nossos esforços por impor um custo à Rússia e aos responsáveis da situação na Crimeia", acrescentou o presidente americano.

Obama foi muito claro na hora de rejeitar o referendo que planejam realizar as autoridades pró-russas da região autônoma da Crimeia, palco há dias da intervenção de supostas milícias de autodefesa com o apoio do exército russo.

Em uma escalada do conflito, o Parlamento da Crimeia aprovou hoje separar esta região da Ucrânia e convocar um referendo no próximo dia 16 a fim de referendar a adesão à Rússia, o que provocou a imediata reação de Kiev, que procedeu à dissolução do Parlamento autônomo, segundo anunciou o presidente ucraniano interino , Aleksandr Turchinov.


"A proposta de referendo sobre o futuro da Crimeia violaria a Constituição da Ucrânia e violaria o direito internacional. Qualquer discussão

sobre o futuro da Ucrânia deve incluir o governo legítimo da Ucrânia", ressaltou o presidente americano.

"No ano 2014, estamos muito longe dos dias nos quais as fronteiras podiam ser desenhadas acima das cabeças dos líderes democráticos", advertiu.

Obama reiterou que os Estados Unidos permanecerão "firmes", junto com seus aliados, no caso da Rússia continuar violando os tratados internacionais e mantendo a ocupação "de fato" dessa parte do território ucraniano.

"Se esta violação do direito internacional continuar, a determinação dos Estados Unidos e nossos aliados e a comunidade internacional se manterá firme", disse o líder.

O presidente dos Estados Unidos assegurou, no entanto, que a Rússia tem ainda a possibilidade de pôr fim à crise de forma diplomática.

Para isso, pediu a permissão ao desdobramento de observadores internacionais em todo o território da Ucrânia, incluindo a Crimeia, e pediu a Moscou que inicie conversas diretas com Kiev para dar resposta às "legítimas" preocupações e interesses da Rússia na Crimeia.

"Deixar que os observadores internacionais se desdobrem em toda Ucrânia, incluindo a Crimeia, para assegurar que os direitos de todos os ucranianos são respeitados, incluídos os de etnia russa; e começar as consultas entre o governo da Rússia e Ucrânia, com a participação da comunidade internacional", propôs o líder americano.

Além disso, o presidente chamou o Congresso para que apóie a intervenção do Fundo Monetário Internacional (FMI) na Ucrânia e autorize a ajuda americana ao governo ucraniano, de modo que as autoridades provisórios em Kiev "possam resistir esta tempestade e estabilizar sua economia, fazendo as reformas necessárias".

O plenário da Câmara dos Representantes debate hoje se aprova o projeto de lei. Por sua vez, o Comitê de Relações Exteriores da Câmara Baixa aprovou uma resolução simbólica na qual condena os passos dados pelo Kremlin e pede a Obama para impor sanções financeiras e comerciais mais duras.

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Em um comparecimento não previsto perante a imprensa, Obama enviou, além disso, uma advertência à Rússia de que os Estados Unidos e seus aliados europeus permanecerão "unidos" em sua resposta, se o governo russo não der marcha à ré.

Previamente, o Departamento de Estado tinha anunciado que restringirá os vistos "a vários funcionários e indivíduos responsáveis ou cúmplices na ameaça à soberania e a integridade territoriais" ucranianas.

A ordem executiva assinada hoje pelo presidente não especifica, por enquanto, quem será afetado por esta sanção (ucranianos ou russos).

A confirmação das identidades parece ser reservada para um momento posterior no caso de Moscou persistir em sua linha de ação.

"Nesta manhã, assinei uma ordem executiva que autoriza sanções contra indivíduos e entidades responsáveis da violação da soberania e a integridade territorial da Ucrânia e do roubo de bens da população ucraniana", explicou Obama.

"Estas decisões dão continuidade aos nossos esforços por impor um custo à Rússia e aos responsáveis da situação na Crimeia", acrescentou o presidente americano.

Obama foi muito claro na hora de rejeitar o referendo que planejam realizar as autoridades pró-russas da região autônoma da Crimeia, palco há dias da intervenção de supostas milícias de autodefesa com o apoio do exército russo.

Em uma escalada do conflito, o Parlamento da Crimeia aprovou hoje separar esta região da Ucrânia e convocar um referendo no próximo dia 16 a fim de referendar a adesão à Rússia, o que provocou a imediata reação de Kiev, que procedeu à dissolução do Parlamento autônomo, segundo anunciou o presidente ucraniano interino , Aleksandr Turchinov.


"A proposta de referendo sobre o futuro da Crimeia violaria a Constituição da Ucrânia e violaria o direito internacional. Qualquer discussão

sobre o futuro da Ucrânia deve incluir o governo legítimo da Ucrânia", ressaltou o presidente americano.

"No ano 2014, estamos muito longe dos dias nos quais as fronteiras podiam ser desenhadas acima das cabeças dos líderes democráticos", advertiu.

Obama reiterou que os Estados Unidos permanecerão "firmes", junto com seus aliados, no caso da Rússia continuar violando os tratados internacionais e mantendo a ocupação "de fato" dessa parte do território ucraniano.

"Se esta violação do direito internacional continuar, a determinação dos Estados Unidos e nossos aliados e a comunidade internacional se manterá firme", disse o líder.

O presidente dos Estados Unidos assegurou, no entanto, que a Rússia tem ainda a possibilidade de pôr fim à crise de forma diplomática.

Para isso, pediu a permissão ao desdobramento de observadores internacionais em todo o território da Ucrânia, incluindo a Crimeia, e pediu a Moscou que inicie conversas diretas com Kiev para dar resposta às "legítimas" preocupações e interesses da Rússia na Crimeia.

"Deixar que os observadores internacionais se desdobrem em toda Ucrânia, incluindo a Crimeia, para assegurar que os direitos de todos os ucranianos são respeitados, incluídos os de etnia russa; e começar as consultas entre o governo da Rússia e Ucrânia, com a participação da comunidade internacional", propôs o líder americano.

Além disso, o presidente chamou o Congresso para que apóie a intervenção do Fundo Monetário Internacional (FMI) na Ucrânia e autorize a ajuda americana ao governo ucraniano, de modo que as autoridades provisórios em Kiev "possam resistir esta tempestade e estabilizar sua economia, fazendo as reformas necessárias".

O plenário da Câmara dos Representantes debate hoje se aprova o projeto de lei. Por sua vez, o Comitê de Relações Exteriores da Câmara Baixa aprovou uma resolução simbólica na qual condena os passos dados pelo Kremlin e pede a Obama para impor sanções financeiras e comerciais mais duras.

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