Consumidor olha shotgun: até hoje mais de 33 mil pessoas assinaram o pedido para deportar ao Reino Unido o popular jornalista e apresentador (Ethan Miller/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 24 de dezembro de 2012 às 14h21.
Washington - Um pedido cidadão dirigido ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, solicita a deportação do famoso jornalista britânico Piers Morgan, do canal "CNN", por seus comentários a favor de um maior controle das armas após o massacre na escola de Newtown.
A solicitação está postada na seção "We, The People" do site da Casa Branca, onde são recebidos e publicados esses tipos de pedidos.
Segundo argumenta o pedido, Morgan iniciou um "ataque hostil" à Constituição americana, que reconhece o direito dos cidadãos a portar armas.
Os signatários exigem que Morgan seja deportado "imediatamente", dado que está "atacando os direitos dos cidadãos americanos" através de sua posição privilegiada em uma grande rede de televisão nacional.
Após o massacre do dia 14 de dezembro em uma escola de Newtown (Connecticut), onde Adam Lanza matou 20 crianças e seis adultos depois de ter assassinado sua mãe e antes de suicidar-se, Morgan expressou seu apoio a novas leis para um maior controle das armas nos EUA.
Na semana passada o apresentador entrevistou em seu programa da "CNN" Larry Pratt, diretor-executivo de uma associação de proprietários de armas de fogo, e o chamou de "perigoso" e "estúpido".
Morgan é famoso por ter extraído em suas entrevistas detalhes pessoais de rostos populares como o político britânico Nick Clegg, que admitiu ter dormido com mais de 30 mulheres, e a atriz Helen Mirren, que reconheceu ter consumido cocaína.
Em sua conta no Twitter, o jornalista reagiu hoje com ironia ao pedido para que seja expulso: "Se sou deportado dos EUA por querer menos assassinatos com armas de fogo, há alguns outros países que gostariam de me receber?", escreveu.
Até hoje mais de 33 mil pessoas assinaram o pedido para deportar ao Reino Unido o popular jornalista e apresentador. Quando um pedido cidadão à Casa Branca supera as 25 mil assinaturas, o Governo é obrigado a dar uma resposta.