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Obama recebe artistas homenageados pelo Centro Kennedy

Presidente americano premiou artistas consagrados dos palcos e das telas pelo conjunto de suas obras com o Kennedy Center Honors

Premiação teve entre os homenageados a banda Led Zeppelin, o ator Dustin Hoffman, o apresentador de TV David Letterman, o guitarrista de blues Buddy Guy e a bailarina Natalia Makarova (Jason Reed/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2012 às 08h43.

Washington - Artistas consagrados dos palcos e das telas receberam no domingo os prêmios Kennedy Center Honors, pelo conjunto de suas obras.

O eclético tributo, alternando-se entre a descontração e a veneração solene, teve entre os homenageados a banda Led Zeppelin, o ator Dustin Hoffman, o apresentador de TV David Letterman, o guitarrista de blues Buddy Guy e a bailarina Natalia Makarova.

"Eu trabalhei com os redatores de discursos -- não há transição suave do balé para o Led Zeppelin", brincou o presidente dos EUA, Barack Obama, ao apresentar os homenageados no Salão Leste da Casa Branca.

Amigos, contemporâneos e uma nova geração de artistas influenciados pelos homenageados subiram ao palco para os tributos.

"Dustin Hoffman é um mala sem alça", disse o ator Robert DeNiro --já homenageado pelo Centro Kennedy-- ao apresentar seu colega, famoso pelo perfeccionismo. "E ele me inspirou a ser um pouquinho mala sem alça também", completou DeNiro, com um enorme sorriso.

Num jantar com os homenageados durante o fim de semana no Departamento de Estado, a secretária Hillary Clinton observou que os artistas às vezes precisam ser um pouco diplomatas. Ela ofereceu um brinde a Makarova, que era um ícone da dança na União Soviética quando fugiu de lá, em 1970.

Hillary disse que, aproveitando uma apresentação em Londres, decidiu pedir asilo por causa do seu impulso por liberdade criativa. "É mais incrível porque parece que eu vivi duas vidas", disse a artista a jornalistas antes do evento.


Os momentos mais divertidos da cerimônia ficaram por conta de Letterman. Antes da premiação, ele havia dito que financiaria uma investigação para apurar como ele havia conseguido essa honraria. Mas, ao se ver sobre o tapete vermelho, faltaram-lhe as palavras.

"Eu estava cheio de trepidação, mas agora estou cheio de nada além de gratidão. Não acredito nisso, mas está sendo legal para a minha família", afirmou.

Apesar da autocrítica do presidente ao seu discurso, as apresentações no Centro Kennedy fluíram com facilidade das coreografias precisas apresentadas em homenagem a Marakova para o blues "sujo" quando chegou a vez do tributo a Buddy Guy, filho de um trabalhador rural que fez seu primeiro instrumento com fios achados na casa da família, na Louisiana.

Num brinde na noite de sábado, o ex-presidente Bill Clinton falou sobre a infância pobre do músico. "Na frase imortal de Buddy, o blues é algo que você toca porque precisa, e quando você toca, você perde", comentou.

E o blues, depois de migrar para a Grã-Bretanha, acabou influenciando o rock pesado do Led Zeppelin. A estranheza de ver esses roqueiros assumidamente devassos usando "black tie" sob os candelabros da Casa Branca não passou despercebida a Obama.

"É claro que esses caras também redefiniram o estilo de vida do rock", disse Obama, causando risos e olhares encabulados dos veteranos artistas. "Então é adequado que estejamos fazendo isso numa sala com janelas que têm uns oito centímetros de espessura -- e com o Serviço Secreto cercando tudo. Então, caras, peguem leve." O show terminou com "Stairway to Heaven", clássico do Led Zeppelin, nas vozes Nancy e Ann Wilson.

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O eclético tributo, alternando-se entre a descontração e a veneração solene, teve entre os homenageados a banda Led Zeppelin, o ator Dustin Hoffman, o apresentador de TV David Letterman, o guitarrista de blues Buddy Guy e a bailarina Natalia Makarova.

"Eu trabalhei com os redatores de discursos -- não há transição suave do balé para o Led Zeppelin", brincou o presidente dos EUA, Barack Obama, ao apresentar os homenageados no Salão Leste da Casa Branca.

Amigos, contemporâneos e uma nova geração de artistas influenciados pelos homenageados subiram ao palco para os tributos.

"Dustin Hoffman é um mala sem alça", disse o ator Robert DeNiro --já homenageado pelo Centro Kennedy-- ao apresentar seu colega, famoso pelo perfeccionismo. "E ele me inspirou a ser um pouquinho mala sem alça também", completou DeNiro, com um enorme sorriso.

Num jantar com os homenageados durante o fim de semana no Departamento de Estado, a secretária Hillary Clinton observou que os artistas às vezes precisam ser um pouco diplomatas. Ela ofereceu um brinde a Makarova, que era um ícone da dança na União Soviética quando fugiu de lá, em 1970.

Hillary disse que, aproveitando uma apresentação em Londres, decidiu pedir asilo por causa do seu impulso por liberdade criativa. "É mais incrível porque parece que eu vivi duas vidas", disse a artista a jornalistas antes do evento.


Os momentos mais divertidos da cerimônia ficaram por conta de Letterman. Antes da premiação, ele havia dito que financiaria uma investigação para apurar como ele havia conseguido essa honraria. Mas, ao se ver sobre o tapete vermelho, faltaram-lhe as palavras.

"Eu estava cheio de trepidação, mas agora estou cheio de nada além de gratidão. Não acredito nisso, mas está sendo legal para a minha família", afirmou.

Apesar da autocrítica do presidente ao seu discurso, as apresentações no Centro Kennedy fluíram com facilidade das coreografias precisas apresentadas em homenagem a Marakova para o blues "sujo" quando chegou a vez do tributo a Buddy Guy, filho de um trabalhador rural que fez seu primeiro instrumento com fios achados na casa da família, na Louisiana.

Num brinde na noite de sábado, o ex-presidente Bill Clinton falou sobre a infância pobre do músico. "Na frase imortal de Buddy, o blues é algo que você toca porque precisa, e quando você toca, você perde", comentou.

E o blues, depois de migrar para a Grã-Bretanha, acabou influenciando o rock pesado do Led Zeppelin. A estranheza de ver esses roqueiros assumidamente devassos usando "black tie" sob os candelabros da Casa Branca não passou despercebida a Obama.

"É claro que esses caras também redefiniram o estilo de vida do rock", disse Obama, causando risos e olhares encabulados dos veteranos artistas. "Então é adequado que estejamos fazendo isso numa sala com janelas que têm uns oito centímetros de espessura -- e com o Serviço Secreto cercando tudo. Então, caras, peguem leve." O show terminou com "Stairway to Heaven", clássico do Led Zeppelin, nas vozes Nancy e Ann Wilson.

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