O presidente americano, Barack Obama (Mandel Ngan/AFP)
Da Redação
Publicado em 23 de dezembro de 2011 às 19h29.
Washington - O presidente americano, Barack Obama, promulgou nesta sexta-feira uma extensão de dois meses à redução de impostos nos Estados Unidos, tema de disputas durante semanas entre republicanos e democratas, mas pediu ao Congresso que trabalhe logo para prorrogá-la por um ano.
Em declarações aos jornalistas na Casa Branca, o líder enfatizou a importância da medida aprovada para evitar um aumento de impostos para cerca de 160 milhões de americanos. Segundo ele, cada americano poderá contar com uma redução anual de US$ 1 mil em impostos graças ao fim do impasse no Congresso, que entra em recesso com a questão resolvida temporariamente.
'Quando o Congresso retornar, lhes peço que continuem trabalhando, sem dramas ou demoras, para conseguir um acordo que estenda esta redução de impostos, além dos seguros-desemprego, para todo 2012', ressaltou Obama, que não aceitou perguntas dos jornalistas.
Após sua declaração, o presidente partiu em viagem ao Havaí, onde sua família lhe espera desde o fim de semana passado para passar férias de Natal.
A votação desta sexta-feira representa uma importante vitória política pré-eleitoral para Obama sobre um assunto tributário que, além disso, tradicionalmente costuma favorecer mais aos republicanos.
A medida de US$ 33 bilhões, aprovada mais cedo pelas duas casas do Congresso, diminui os impostos para 160 milhões de americanos, prorroga por dois meses os auxílios para quase 2 milhões de desempregados e evita a suspensão do reembolso aos médicos que participam do programa 'Medicare' para idosos e aposentados.
O líder da maioria democrata do Senado, Harry Reid, nomeou os quatro senadores que irão participar das negociações na Câmara de Representantes para prorrogar por um ano os cortes tributários e os seguros-desemprego, tal como estipula um acordo bipartidário obtido nesta quinta-feira.
'Espero que o Congresso tenha tido uma boa experiência instrutiva, especialmente aqueles mais recentes neste órgão legislativo. Nem tudo o que fazemos aqui precisa terminar em eleições. Não é necessário que as coisas aconteçam assim', destacou Reid. EFE