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Obama oferece roteiro de campanha em ano eleitoral

Colegas de partido devam desafiar os republicanos que criticam a lei de assistência médica a oferecer algo melhor

Barack Obama: presidente fez uma defesa firme da sua política, no que pareceu ser um esforço para dar aos democratas que lutam por assentos no Parlamento munição para contra-atacar a blitz republicana sobre o tema (REUTERS/Gary Cameron)
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Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2014 às 10h39.

Washington - O presidente dos Estados Unidos , Barack Obama, deu nesta terça-feira a seus colegas do Partido Democrata, que vão enfrentar uma disputa dura nas eleições parlamentares de novembro, um roteiro de campanha: desafiar os republicanos que criticam a lei de assistência médica a oferecer algo melhor.

O presidente quase não mencionara a lei, conhecida como "Obamacare", nos últimos dois discursos sobre o Estado da União.

Desta vez, Obama fez uma defesa firme da sua política, no que pareceu ser um esforço para dar aos democratas que lutam por assentos no Parlamento munição para contra-atacar a blitz republicana sobre o tema.

Obama não mencionou os problemas do programa e a decepção dos que descobriram que o custo dos seus seguros aumentaram além do que eles podiam pagar.

Em vez disso, ele retratou o programa, elaborado para dar cobertura a milhões de norte-americanos não assegurados, como uma rede de proteção crucial para evitar o desastre financeiro e médico das pessoas.

Obama também se referiu ao ato que acaba com as injustiças de um sistema de saúde que permitia que as mulheres pagassem mais do que homens e negava cobertura a pessoas doentes.

"Isso é reforma de seguro médico, saber que, se algo acontecer, você não precisa perder tudo", disse.

A mensagem pode virar uma cartilha para senadores democratas como Kay Hagan, da Carolina do Norte, Mary Landrieu, da Louisiana, Mark Pryorm, de Arkansas, e Mark Begich, do Alasca, que tentam convencer os eleitores em Estados de tendência republicana que a lei não é o desastre que os republicanos dizem que é.


Essas disputas podem determinar que partido controlará o Senado dos Estados Unidos nos dois anos finais de Obama na Casa Branca. Os republicanos precisam levar seis assentos para ganhar o controle da Casa. A maioria dos analistas espera que eles mantenham o domínio na Câmara dos Deputados.

A insatisfação da população com o Obamacare ajudou os republicanos a ganharem o controle da Câmara dos Deputados em 2010, e as pesquisas mostram que o programa continua em baixa junto ao eleitorado, um fato que os republicanos planejam explorar de novo neste ano.

Na Carolina do Norte, segundo Hagan, os republicanos vão levar os eleitores de volta para um tempo em que as companhias de seguro podiam abandonar as pessoas quando elas ficavam doentes.

Ela também tem criticado os republicanos no Legislativo local por negar cobertura a 300 mil pessoas do Estado, ao rejeitar a ampliação prevista na lei para os pobres.

Ao lidar diretamente com a lei, Obama ajuda mais os seus partidários do que se evitasse o tema, disse Robert Y. Shapiro, professor de ciência política da Universidade de Columbia.

"Se ele não falar sobre isso, os republicanos de qualquer maneira vão. Ele não tem o poder de manter o assunto fora da pauta de discussões", afirmou Shapiro.

"Pessoas reais"

No que tem se tornado uma característica do discurso do Estado da União, Obama apontou para uma "pessoa real" sentada perto da primeira-dama na galeria da Câmara dos Deputados. Neste ano, a pessoa foi Amanda Shelley, de 37 anos, que teria ido à falência com custos médicos se não tivesse a cobertura da lei.


Os republicanos, obviamente, têm muitas "pessoas reais" para mostrar os problemas da legislação.

O presidente da Câmara dos Deputados, John Boehner, mostrou quatro empresário que, segundo ele, estão em dificuldades por causa da lei. Outros republicanos mostraram um sobrevivente de câncer e outros empresários que afirmaram que os seus gastos aumentaram por causa do Obamacare.

"É por causa dessas histórias que acreditamos que muitos candidatos democratas vão sofrer as consequências por terem apoiado o Obamacare", afirmou o presidente do Comitê Nacional Republicano, Reince Priebus.

Os democratas têm uma outra linha de ataque.

Os republicanos da Câmara dos Deputados votaram mais de 40 vezes contra o Obamacare, mas não apresentaram uma alternativa.

"Todos nós devemos dizer ao povo norte-americano do que somos a favor, e não somente do que somos contra", disse Obama.

Não está claro ainda se essa estratégia de confronto será suficiente.

Os presidentes historicamente veem os seus partidos perderem assentos no Congresso dois anos depois de ganharem a reeleição. Além disso, eleitores mais velhos e brancos são a maior fatia do eleitorado que comparecem às urnas nessas eleições parlamentares, e esses dois grupos tendem a votar no Partido Republicano.

Os eleitores mais velhos também são os menos prováveis de ver como benefício a nova assistência médica, já que as pessoas com mais de 65 anos têm a saúde subsidiada pelo governo.

Para democratas como Hagan, a melhor defesa parecer ser o ataque. "Se eles fugirem e tentarem fingir que não estavam lá, eles vão ser massacrados", afirmou o estrategista democrata Chris Kofinis.

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O presidente quase não mencionara a lei, conhecida como "Obamacare", nos últimos dois discursos sobre o Estado da União.

Desta vez, Obama fez uma defesa firme da sua política, no que pareceu ser um esforço para dar aos democratas que lutam por assentos no Parlamento munição para contra-atacar a blitz republicana sobre o tema.

Obama não mencionou os problemas do programa e a decepção dos que descobriram que o custo dos seus seguros aumentaram além do que eles podiam pagar.

Em vez disso, ele retratou o programa, elaborado para dar cobertura a milhões de norte-americanos não assegurados, como uma rede de proteção crucial para evitar o desastre financeiro e médico das pessoas.

Obama também se referiu ao ato que acaba com as injustiças de um sistema de saúde que permitia que as mulheres pagassem mais do que homens e negava cobertura a pessoas doentes.

"Isso é reforma de seguro médico, saber que, se algo acontecer, você não precisa perder tudo", disse.

A mensagem pode virar uma cartilha para senadores democratas como Kay Hagan, da Carolina do Norte, Mary Landrieu, da Louisiana, Mark Pryorm, de Arkansas, e Mark Begich, do Alasca, que tentam convencer os eleitores em Estados de tendência republicana que a lei não é o desastre que os republicanos dizem que é.


Essas disputas podem determinar que partido controlará o Senado dos Estados Unidos nos dois anos finais de Obama na Casa Branca. Os republicanos precisam levar seis assentos para ganhar o controle da Casa. A maioria dos analistas espera que eles mantenham o domínio na Câmara dos Deputados.

A insatisfação da população com o Obamacare ajudou os republicanos a ganharem o controle da Câmara dos Deputados em 2010, e as pesquisas mostram que o programa continua em baixa junto ao eleitorado, um fato que os republicanos planejam explorar de novo neste ano.

Na Carolina do Norte, segundo Hagan, os republicanos vão levar os eleitores de volta para um tempo em que as companhias de seguro podiam abandonar as pessoas quando elas ficavam doentes.

Ela também tem criticado os republicanos no Legislativo local por negar cobertura a 300 mil pessoas do Estado, ao rejeitar a ampliação prevista na lei para os pobres.

Ao lidar diretamente com a lei, Obama ajuda mais os seus partidários do que se evitasse o tema, disse Robert Y. Shapiro, professor de ciência política da Universidade de Columbia.

"Se ele não falar sobre isso, os republicanos de qualquer maneira vão. Ele não tem o poder de manter o assunto fora da pauta de discussões", afirmou Shapiro.

"Pessoas reais"

No que tem se tornado uma característica do discurso do Estado da União, Obama apontou para uma "pessoa real" sentada perto da primeira-dama na galeria da Câmara dos Deputados. Neste ano, a pessoa foi Amanda Shelley, de 37 anos, que teria ido à falência com custos médicos se não tivesse a cobertura da lei.


Os republicanos, obviamente, têm muitas "pessoas reais" para mostrar os problemas da legislação.

O presidente da Câmara dos Deputados, John Boehner, mostrou quatro empresário que, segundo ele, estão em dificuldades por causa da lei. Outros republicanos mostraram um sobrevivente de câncer e outros empresários que afirmaram que os seus gastos aumentaram por causa do Obamacare.

"É por causa dessas histórias que acreditamos que muitos candidatos democratas vão sofrer as consequências por terem apoiado o Obamacare", afirmou o presidente do Comitê Nacional Republicano, Reince Priebus.

Os democratas têm uma outra linha de ataque.

Os republicanos da Câmara dos Deputados votaram mais de 40 vezes contra o Obamacare, mas não apresentaram uma alternativa.

"Todos nós devemos dizer ao povo norte-americano do que somos a favor, e não somente do que somos contra", disse Obama.

Não está claro ainda se essa estratégia de confronto será suficiente.

Os presidentes historicamente veem os seus partidos perderem assentos no Congresso dois anos depois de ganharem a reeleição. Além disso, eleitores mais velhos e brancos são a maior fatia do eleitorado que comparecem às urnas nessas eleições parlamentares, e esses dois grupos tendem a votar no Partido Republicano.

Os eleitores mais velhos também são os menos prováveis de ver como benefício a nova assistência médica, já que as pessoas com mais de 65 anos têm a saúde subsidiada pelo governo.

Para democratas como Hagan, a melhor defesa parecer ser o ataque. "Se eles fugirem e tentarem fingir que não estavam lá, eles vão ser massacrados", afirmou o estrategista democrata Chris Kofinis.

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