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Obama liga para Putin cinco dias após eleições russas

O contato do presidente dos Estados Unidos com Putin ocorreu vários dias após as eleições, enquanto outros presidentes já tinham conversado com o político russo

Putin se encontrou com Obama em 2009, com a visita do presidente americano a Moscou (Alexey Druzhinin/AFP)

Putin se encontrou com Obama em 2009, com a visita do presidente americano a Moscou (Alexey Druzhinin/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de março de 2012 às 21h27.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ligou para Vladimir Putin, que venceu as eleições presidenciais russas de domingo passado, informou nesta sexta-feira o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest.

O funcionário, no entanto, ressaltou que se tratou 'apenas de uma ligação', e não uma conversa de felicitação pela recente vitória do líder russo.

O contato de Obama com Putin ocorreu vários dias após as eleições, enquanto outros presidentes já tinham conversado com o político russo, como o francês Nicolas Sarkozy, o sírio Bashar al Assad, o venezuelano Hugo Chávez e o iraniano Mahmoud Ahmadinejad.

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, afirmou nesta semana que 'as eleições tiveram um vencedor claro', e que o governo de Barack Obama está 'disposto a trabalhar com o presidente eleito quando ele assumir seu cargo'.

Putin, que foi proclamado oficialmente vencedor das eleições russas na terça-feira, reconheceu que ocorreram irregularidades na votação e assegurou que ordenará a Comissão Eleitoral Central que investigue os fatos.

Ativistas russos de direitos humanos criticaram nesta sexta-feira as declarações de Hillary.

'Sob nosso ponto de vista, as palavras de Hillary Clinton não podem ser interpretadas de outra maneira senão como um insulto para as pessoas que lutam por eleições limpas na Rússia', disse o comunicado assinado pelos principais ativistas russos.

A secretária de Estado se reunirá com o ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov, na próxima segunda-feira, em Nova York, durante encontro ministerial do Conselho de Segurança da ONU pedido pelo Reino Unido para discutir as revoltas no mundo árabe.

Os Estados Unidos elaboraram nesta terça-feira uma nova resolução, que pretende garantir a entrada de ajuda humanitária na Síria, no Conselho de Segurança.

 'Seguimos achando que a Rússia deve se unir à comunidade internacional e desempenhar um papel positivo na tentativa de deter o derramamento de sangue e de ajudar a criar as condições para uma transição democrática e pacífica na Síria', afirmou Hillary. 

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