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Obama lançará iniciativas integrais para a América Latina

"Acho que temos uma relação muito próxima, e quero que seja ainda mais", disse Hillary Clinton


	Hillary Clinton: "Infelizmente, ainda temos uma ditadura em Cuba, que esperamos que mude em breve", disse ela.
 (AFP/ Mandel Ngan)

Hillary Clinton: "Infelizmente, ainda temos uma ditadura em Cuba, que esperamos que mude em breve", disse ela. (AFP/ Mandel Ngan)

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Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2013 às 16h05.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, está trabalhando em várias iniciativas integrais para destacar a relação com a América Latina em seu segundo mandato, afirmou nesta terça-feira a secretária de Estado, Hillary Clinton.

"Estou trabalhando com o presidente Obama em algumas iniciativas de seu segundo mandato que acho que serão mais destacadas, mais integrais, para que todo o mundo saiba o muito que valorizamos as relações com nossos vizinhos mais próximos", disse Hillary em uma conferência via satélite com jovens de todo o mundo.

A titular das Relações Exteriores, que deixará seu cargo nesta sexta-feira, negou que os EUA tenham esquecido a relação com a América Latina durante seu mandato e assegurou que a região foi uma "prioridade muito alta" para ela.

"Mas em parte pela maneira como está fazendo as coisas, porque os países estão resolvendo antigos problemas e fazendo progressos democrática e economicamente, grande parte dos conflitos que estavam presentes há décadas foi solucionada", comentou.

"E por isso não é uma relação que esteja nas manchetes constantemente, porque é muito positiva", ponderou. "Passamos tempo trabalhando juntos. Não temos que preocupar-nos pelos desafios para a democracia ou a segurança que infelizmente estão presentes em outras partes do mundo", continuou.

"Acho que temos uma relação muito próxima, e quero que seja ainda mais", acrescentou.

Hillary, cujo sucessor será o senador democrata John Kerry, ressaltou os "progressos" na Colômbia, que "consolidou a democracia e está tentando negociar um acordo de paz para que as pessoas se afastem da violência e participem politicamente".


Também destacou o "vibrante sistema político" do México e a evolução democrática no Brasil, e lamentou que haja alguns países "atípicos" nesse contexto.

"Infelizmente, ainda temos uma ditadura em Cuba, que esperamos que mude em breve. E temos desafios democráticos em outros países da América Latina", assinalou.

"Mas, em geral, acho que houve progressos. Não são coisas que ocorram rapidamente, mas há grandes razões para ser bastante otimista sobre a institucionalização da democracia em toda América Latina", salientou.

A chefe da diplomacia dos EUA citou a energia como uma das grandes áreas nas quais Washington trabalha com a região, à qual quer ajudar a "melhorar o acesso a fontes de energia acessíveis", assim como a luta contra a mudança climática.

Quanto à segurança, lembrou a ênfase que o Governo de Obama pôs na América Central nesse terreno e mencionou também os intercâmbios educativos e as transferências de tecnologia com o continente. 

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