Barack Obama, presidente americano: Obama defendeu o "direito de Israel de se defender" (Kevin Lamarque/Reuters)
Da Redação
Publicado em 18 de julho de 2014 às 14h54.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, defendeu nesta sexta-feira o "direito de Israel a se defender" com sua incursão terrestre na Faixa de Gaza, mas pediu a seu aliado "para atuar de modo que minimize o número de vítimas civis" nesse território palestino.
Durante uma declaração na Casa Branca, Obama disse que hoje conversou com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e lhe ofereceu a possibilidade de enviar à região seu secretário de Estado, John Kerry, para avançar rumo a um cessar-fogo.
"(Netanyahu e eu) falamos sobre a operação militar de Israel em Gaza, incluindo seus esforços para deter a ameaça da infiltração terrorista através de túneis que chegam a Israel", disse Obama.
"Reafirmei meu rotundo apoio ao direito de Israel a se defender. Nenhuma nação deveria aceitar que disparem foguetes dentro de suas fronteiras ou que terroristas entrem por túneis em seu território. De fato, enquanto eu falava com o primeiro-ministro Netanyahu, as sirenes tocaram em Tel Aviv", acrescentou.
O presidente americano destacou que tanto os EUA como seus aliados estão "profundamente preocupados com os riscos de uma maior escalada e a perda de mais vidas inocentes".
"Por isso dizemos que embora apoiemos os esforços militares dos israelenses para se assegurar que não se disparam foguetes contra seu território, nosso entendimento é que a operação militar atual por terra está desenhada para lidar com os túneis", acrescentou.
"E acreditamos que Israel continua realizando este processo de uma forma para minimizar as vítimas civis, e todos nós estamos trabalhando duro para voltar ao cessar-fogo de novembro de 2012", ressaltou Obama.
Assegurou que Kerry "está trabalhando para apoiar a iniciativa lançada pelo Egito com esse fim" e disse que comunicou a Netanyahu que o secretário de Estado "está preparado para viajar para a região quando algumas consultas terminarem".