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Obama exorta Cuba a liberar norte-americano preso

Presidente dos EUA enviou uma mensagem indireta ao presidente cubano pedindo que a ilha liberte um empreiteiro norte-americano preso


	Presidente dos EUA, Barack Obama, ouve uma pergunta durante visita em Pittsburgh
 (Kevin Lamarque/Reuters)

Presidente dos EUA, Barack Obama, ouve uma pergunta durante visita em Pittsburgh (Kevin Lamarque/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2014 às 16h30.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, enviou uma mensagem indireta ao presidente cubano, Raúl Castro, pedindo que a ilha liberte um empreiteiro norte-americano preso e encorajando reformas políticas no país, disseram autoridades dos EUA nesta sexta-feira.

Foi uma rara comunicação em nível presidencial entre os EUA e Cuba, que não têm laços diplomáticos e são vizinhos hostis há mais de 50 anos.

Obama e Castro fizeram história com um aperto de mãos no funeral do líder sul-africano Nelson Mandela em dezembro, trocando amenidades mas sem discutir assuntos de Estado.

O mandatário uruguaio, José Mujica, esquerdista que tem sido ativo na tentativa de melhorar as relações entre norte-americanos e cubanos, visitou a Casa Branca em maio.

Na ocasião, disseram autoridades dos EUA, Obama pediu a Mujica que exortasse Raúl Castro a libertar Alan Gross, que já cumpriu quatro anos e meio de uma pena de 15 anos de prisão por tentar criar um serviço de Internet ilegal em Cuba.

O caso Gross tem impedido qualquer grande avanço nas relações EUA-Cuba.

A revista semanal uruguaia Búsqueda, primeira a relatar a comunicação na quinta-feira, disse que Mujica entregou a mensagem no final de semana passado, quando ele e Raúl compareceram à cúpula do G77 na Bolívia.

Gross, de 65 anos, foi preso em 2009 ao tentar estabelecer uma rede online para os judeus em Havana, como subcontratado para a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID).

Cuba considerou o programa subversivo e, em 2011, um tribunal cubano condenou Gross a 15 anos de prisão.

Cuba tem tentado vincular o seu caso aos dos três agentes cubanos servindo penas nos Estados Unidos por espionagem de grupos de exilados cubanos na Flórida. Os Estados Unidos rejeitaram a troca dos agentes cubanos por Gross.

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