Mundo

Obama e republicanos tentam superar impasse fiscal

Lideranças enfrentam dificuldades para definir detalhes de um acordo que permita a reabertura dos órgãos públicos federais


	Barack Obama: presidente manifestou preocupação de que a prorrogação do teto da dívida seja efêmera
 (Kevin Lamarque/Reuters)

Barack Obama: presidente manifestou preocupação de que a prorrogação do teto da dívida seja efêmera (Kevin Lamarque/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de outubro de 2013 às 18h30.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e líderes republicanos no Congresso se empenhavam nesta sexta-feira em superar o impasse fiscal, mas enfrentavam dificuldades para definir detalhes de um acordo que permita a reabertura dos órgãos públicos federais e a elevação do teto da dívida pública.

Um dia depois dos primeiros sinais de movimentação real entre os envolvidos, os dois lados buscavam um acordo que possa levar os funcionários públicos de volta ao trabalho e aumentar o teto da dívida a partir de 17 de outubro.

Os deputados republicanos esperavam nesta sexta-feira por uma resposta da Casa Branca à sua nova oferta, disse um assessor, sem entrar em detalhes. Na quinta-feira, os republicanos apresentaram um plano que elevaria por pelo menos seis semanas o limite de endividamento público, evitando assim uma moratória imediata.

"Estamos obviamente em um lugar melhor do que estávamos há alguns dias", disse o porta-voz da Casa Branca Jay Carney a jornalistas. "Mas não há acordo." Os republicanos também acenaram com a possibilidade de uma rápida reabertura dos órgãos públicos se Obama se comprometer com medidas mais amplas para a redução do déficit. Obama pediu que a ampliação do teto da dívida seja mais prolongada, e sem estar atrelada a nenhuma condição.

Em reunião com senadores republicanos na sexta-feira, Obama manifestou preocupação de que a prorrogação do teto da dívida seja efêmera, e falou sobre a necessidade de novas fontes de arrecadação como parte de qualquer plano de longo prazo para a redução do déficit, segundo o senador republicano Orrin Hatch.

Hatch disse ter deixado a reunião com a sensação de que a disputa fiscal continuará sendo uma "experiência difícil".

Mas alguns republicanos na Câmara manifestaram otimismo agora que as negociações na Casa Branca começaram.

"Fomos muito bem nisso, a Casa Branca foi ótima ontem à noite em dizer: vamos ficar fora de todos os detalhes enquanto conversamos sobre as diferentes opções", disse o deputado republicano James Lankford à CNN.

Seu colega Howard McKeon, presidente da Comissão de Serviços Armados da Câmara dos Deputados, disse que a Casa Branca e os republicanos concordam em focar no futuro. "Não há sentido em viver do passado. Erros foram cometidos. Mas pelo menos agora estamos conversando, e é hora de avançar. É o melhor para o povo norte-americano", afirmou ele à MSNBC.

O otimismo com as negociações contagiou os mercados, levando a alta das ações em um dia de grande volatilidade, depois da maior alta em nove meses registrada na quinta-feira.

Os órgãos públicos estão paralisados desde o início do ano fiscal, em 1º. de outubro, por causa da não aprovação do Orçamento. Paralelamente a isso, no próximo dia 17 o Departamento do Tesouro esgotar suas possibilidades de captar recursos no mercado para pagar as dívidas do governo, caso o limite da dívida não seja elevado.

Acompanhe tudo sobre:Barack ObamaEstados Unidos (EUA)Países ricosPartido Republicano (EUA)PersonalidadesPolíticaPolíticos

Mais de Mundo

França busca aliados europeus para ativar veto ao acordo UE-Mercosul

Putin não vê chances de relações normais com Ucrânia se ela não desistir de aderir à Otan

'Policiais-mordomos' e Gisele de vizinha: conheça 'bunker' onde morará Ivanka Trump

Planos de Trump para saúde e ciência acendem alerta nos EUA