Atlanta - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta segunda-feira que as tropas norte-americanas estão obtendo progresso no Afeganistão e enfatizou que o Paquistão também participa dessa luta, referindo-se, assim, a documentos divulgados recentemente pela imprensa, os quais questionam o comprometimento das autoridades paquistanesas na luta contra os extremistas.

"No Paquistão, temos visto o governo enfrentar extremistas violentos em seu território. A Al Qaeda e seus líderes sofreram duros golpes", afirmou Obama durante uma convenção de veteranos inválidos.

Relatórios secretos de militares norte-americanos divulgados no mês passado pelo grupo WikiLeaks parecem expressar dúvidas sobre o papel do Paquistão no Afeganistão, levantando suspeitas no momento em que a guerra se aproxima de seu nono ano e após Obama ampliar a quantidade de tropas na região.

Alguns dos milhares de documentos trouxeram novamente à tona antigas suspeitas de conexão entre os serviços de inteligência paquistaneses e o Taleban, que agravam os problemas no Afeganistão e minam os esforços de guerra dos EUA.

O presidente norte-americano está enviando mais tropas para confrontar o Taleban em território afegão e evitar que o país se torne um santuário para os inimigos dos EUA.

"Se o Afeganistão fosse tomado por uma insurgência ainda maior, a Al Qaeda e seus aliados terroristas teriam mais espaço para planejar seu próximo ataque. Como presidente dos Estados Unidos, me recuso a deixar isso acontecer", disse Obama.