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Obama diz que será julgado sobre economia em eleições de 2012

A economia norte-americana não está crescendo o suficiente, segundo o presidente norte-americano

Obama: "Entendo isso e espero ser julgado daqui a um ano sobre se as coisas vão continuar melhorando ou não" (Mark Wilson/Getty Images)

Obama: "Entendo isso e espero ser julgado daqui a um ano sobre se as coisas vão continuar melhorando ou não" (Mark Wilson/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2011 às 12h04.

Vineyard Haven - O presidente norte-americano, Barack Obama, disse neste domingo esperar que o modo como vem conduzindo a economia seja julgado nas eleições de 2012, afirmando que a atividade econômica ainda não está crescendo rápido o suficiente.

"Olha, nós realmente tomamos as decisões certas, as coisas teriam sido muito piores se não tivéssemos tomado essas decisões, que não são tão satisfatórias se você não tem emprego agora", disse Obama em entrevista à rede de TV CBS, gravada na semana passada e transmitida durante suas férias anuais em Martha's Vineyard, uma ilha perto de Boston.

"Entendo isso e espero ser julgado daqui a um ano sobre se as coisas vão continuar melhorando ou não."

A taxa de desemprego nos EUA está travada em 9 por cento e o crescimento econômico foi muito fraco no primeiro semestre de 2011, levando muitos norte-americanos a questionarem se o estímulos e as medidas de socorro financeiro implementadas por Obama após a crise financeira funcionaram.

Questionado sobre a queda do mercado de ações no mês passado, Obama disse que as preocupações sobre a recuperação norte-americana estão contribuindo para o nervosismo dos investidores, juntamente com "ventos contrários" oriundos da crise de dívida na Europa, da alta nos preços dos combustíveis e das consequências do terremoto no Japão.

Em trechos da entrevista, Obama disse não ver perigo de uma nova recessão, mas considerou haver risco de a economia não se recuperar o suficiente para resolver uma "genuína crise de desemprego".

Obama deve gastar boa parte dos seus nove dias de férias trabalhando num programa destinado a impulsionar a atividade e a economizar mais que a meta de 1,5 trilhão de dólares em despesas, mirada por um novo comitê congressista para cortes de déficit.

A ampliação de um benefício tributário sobre a folha de pagamento --medida que, segundo a Casa Branca, encorajaria empresas a aumentarem as contratações, mas que para alguns economistas faria pouca diferença-- será incluída no programa que Obama irá anunciar no próximo mês, disse neste domingo o estrategista sênior da campanha de Obama David Axelrod.

"Isso é algo que absolutamente precisamos fazer", disse Axelrod no "State of the Union", programa da rede de TV CNN.

Axelrod acrescentou que alguns "pequenos ajustes" para programas governamentais teriam que ser feitos e que Obama abordaria a questão num discurso sobre o programa.

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