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Obama diz que receber imigrantes 'está no DNA' americano

País enfrenta entrada irregular em massa de crianças da América Central

Ativistas cruzam a Ponte do Brooklyn em Nova York para reivindicar a reforma migratória (Timothy Clary/AFP)

Ativistas cruzam a Ponte do Brooklyn em Nova York para reivindicar a reforma migratória (Timothy Clary/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2014 às 15h50.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta sexta-feira que acolher os imigrantes "está no DNA" dos Estados Unidos, um país que enfrenta a entrada irregular em massa de crianças da América Central, e reiterou que "é preciso corrigir o sistema de imigração".

"A ideia de receber imigrantes é fundamental para o nosso estilo de vida. Está no nosso DNA", disse Obama ao presidir na Casa Branca uma cerimônia de nacionalização de 25 membros das Forças Armadas e suas esposas.

"Acreditamos na diversidade. Nossas diferenças, quando se juntam em ideais comuns, nos fortalecem, nos tornam mais criativos", acrescentou o presidente.

"É por isso que queremos continuar a atrair os melhores e mais brilhantes, devemos corrigir nosso sistema de imigração, que está quebrado", afirmou.

"Deveríamos fazer mais" para os imigrantes que chegam aos Estados Unidos e "criar empregos e desenvolver a economia", insistiu. "Por isso, vamos continuar a fazer tudo o que pudermos para tornar o sistema de imigração mais inteligente e eficiente", acrescentou.

O presidente admitiu na segunda-feira o fracasso em aprovar a reforma da imigração neste ano, um projeto que viabilizaria a legalização de 11 milhões de imigrantes, e um milionário plano de reforço da fronteira, criticando o insistente bloqueio da oposição republicana no Congresso.

Obama anunciou que vai tomar medidas unilaterais para enviar recursos à fronteira e pediu a seus assessores novas recomendações a serem analisadas no final do verão (hemisfério norte).

Obama, que colocou a reforma da imigração no centro de suas propostas na campanha pela reeleição, pressionou durante meses sua votação na Câmara, destacando o apoio majoritário da população à medida e seus benefícios econômicos.

Mas o projeto foi perdendo chances de ser aprovado com a aproximação das eleições legislativas em novembro e em meio à atual crise causada pela chegada de dezenas de milhares de crianças da América Central, que cruzaram a fronteira ilegalmente sem a companhia de adultos.

Mais de 52 mil crianças, às vezes com três ou quatro anos, chegaram no país desde outubro do ano passado, de acordo com dados oficiais.

Na cerimônia, Obama destacou a história de Oscar González, um guatemalteco que se tornou fuzileiro naval dos Estados Unidos no ano passado. "Ao acolhê-lo como cidadão, nosso país ficou um pouco mais completo", disse ele.

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