"Vamos ver se temos pessoas que resolvem problemas no Congresso" desafiou Obama (Joe Raedle/AFP)
Da Redação
Publicado em 5 de setembro de 2011 às 17h55.
Detroit - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, lançou nesta segunda-feira um desafio à oposição republicana, para a qual pediu que "mostre o que tem" em vez de criticar suas iniciativas econômicas, e prometeu um novo plano para gerar empregos em um discurso previsto para quinta-feira.
Obama, que tenta relançar a economia do país afetada pelos altos índices de desemprego, discursou em Detroit (Michigan, norte), no dia em que os Estados Unidos comemoram o Dia do Trabalho e em um momento de popularidade em queda com as eleições de 2012 cada vez mais próximas.
"Vamos ver se temos pessoas que resolvem problemas no Congresso. Vamos ver se os republicanos darão prioridade ao país e não ao partido", lançou um desafiante Obama.
"Mostrem o que têm", acrescentou ao se dirigir aos republicanos, que se opõem aos planos econômicos da atual administração e não dão trégua ao presidente no Congresso.
Obama adiantou que um anunciado discurso no Parlamento na quinta-feira apresentará à oposição, em maioria na Câmara dos Representantes, um plano para relançar o setor da construção, para aumentar os investimentos da classe média americana e abrir mercados externos.
Conciliador, o mandatário assegurou que apesar de Washington ter vivido os últimos meses em meio a disputas entre os dois partidos que dividem o poder, democratas e republicanos ainda podem trabalhar juntos para criar empregos.
"Dada a urgência deste momento, tendo em vista as dificuldades que muitas pessoas enfrentam, (os congressistas) têm que chegar a um acordo", disse Obama a uma multidão que respondia, dizendo "mais quatro anos".
Essas declarações foram feitas no momento em que as pesquisas de opinião mostram um apoio cada vez menor ao governo Obama, após a divulgação de um relatório do Departamento de Trabalho na sexta-feira segundo o qual a economia não criou empregos em agosto. O informe indicou que a taxa de desemprego se manteve estável em 9,1%.