Soldados iraquianos patrulham rua em Jurf al-Sakhr: presidente americano considera ataques aéreos no Iraque (STR/AFP)
Da Redação
Publicado em 7 de agosto de 2014 às 15h41.
Washington - O presidente americano, Barack Obama, considera ordenar ataques aéreos dos Estados Unidos contra extremistas sunitas no norte do Iraque e enviar ajuda alimentar para vítimas sitiadas, segundo informações divulgadas nesta quinta-feira.
Citando funcionários da Casa Branca, veículos da imprensa americana informaram que Obama considerava opções militares depois que jihadistas do Estado Islâmico atacaram comunidades das minorias cristã e yazidi.
"Pode ocorrer uma catástrofe humanitária lá", declarou um alto funcionário ao New York Times, alertando que uma decisão sobre ações militares deve ser tomada de forma "iminente".
"Isso pode ser um trem em rápido movimento", disse ele, a respeito das medidas a serem tomadas por Washington.
Obama chegou ao poder determinado a acabar com o envolvimento militar dos Estados Unidos no Iraque e, em seu primeiro mandato, supervisionou a retirada da grande força terrestre mobilizada no país árabe desde a invasão americana de 2003.
Mas avanços recentes do Estado Islâmico o obrigaram a enviar conselheiros militares de volta à capital iraquiana para avaliar a situação.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas vai realizar uma reunião de emergência sobre a crise ainda nesta quinta-feira e a França prometeu apoio às forças envolvidas na batalha contra o EI.
O grupo ultra-radical combate, ao lado de facções sunitas aliadas, principalmente as forças do governo xiita do primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, e os peshmerga, como são chamados os combatentes da região autônoma curda do país.
No fim de junho, o grupo proclamou um califado abrangendo áreas controladas pelos rebeldes na Síria e no Iraque e tomou o controle da cidade de Mossul. Nos últimos dias, os ultra-radicais tomaram localidades povoadas por cristãos e yazidis.
Milhares de yazidis - integrantes de uma antiga minoria religiosa pré-muçulmana - foram expulsos da cidade de Sinjar por combatentes do EI.
Líderes religiosos iraquianos afirmam que militantes do Estado Islâmico obrigaram 100.000 cristãos a fugir de várias regiões e ocuparam igrejas, retirando as cruzes e destruindo manuscritos.