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Obama confirma fim de armazenamento de dados telefônicos

Barack Obama anunciou que seu governo dará fim no armazenamento de dados telefônicos em massa pela Agência de Segurança Nacional, a NSA


	Barack Obama: novas medidas garantem que o governo "não estará em posse de dados (telefônicos) maciços"
 (Mandel Ngan/AFP)

Barack Obama: novas medidas garantem que o governo "não estará em posse de dados (telefônicos) maciços" (Mandel Ngan/AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de março de 2014 às 14h38.

Haia - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta terça-feira que seu governo dará fim no armazenamento de dados telefônicos em massa pela Agência de Segurança Nacional (NSA) e ressaltou que essa medida responderá às preocupações cidadãs sem afetar a luta contra o terrorismo.

Em entrevista coletiva ao término da III Cúpula sobre Segurança Nuclear na Holanda, o presidente americano disse que as novas reformas rebaixarão as preocupações sobre o armazenamento de "metadatos" telefônicos (as características da chamada, mas não seu conteúdo) e assegurarão que há suficiente supervisão a cargo do Poder Judiciário.

"Tenho certeza que as novas regulações nos permitirão fazer o necessário para enfrentarmos o perigo de um ataque terrorista, ao tempo que aliviará algumas das preocupações que o povo transmitiu", explicou Obama.

Em sua opinião, as novas medidas garantem que o governo "não estará em posse de dados (telefônicos) maciços".

Obama confiou em que o Congresso não ponha objeções para aprovar as novas normas, recomendadas por um grupo de analistas independentes criado após as revelações do ex-tecnico da CIA Edward Snowden em torno do programa de espionagem telefônica da NSA.

Apesar da NSA segue mantendo seu extenso mandato de ação no exterior, Obama assegurou que as revelações de espionagem sobre países aliados, embora "tenha sido irritante, não define as relações entre países".

Neste aspecto, Obama reiterou que a cooperação em inteligência com os aliados continua sendo importante para a luta global contra o terrorismo ou a proliferação nuclear, um dos temas centrais da cúpula recém-realizada em Haia.

"O que ocorreu é que a tecnologia evoluiu a um ritmo que não puderam seguir as diretrizes e estruturas que limitam as nossas agências de inteligência", opinou Obama.

Diante das queixas dos países aliados, especialmente da União Europeia (UE), pela espionagem de seus cidadãos ou líderes políticos, Obama anunciou em janeiro passado que as novas regulações também levariam em consideração a privacidade dos cidadãos estrangeiros, ou seja, aqueles que não são protegidos constitucionalmente nos EUA contra a espionagem da NSA. 

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