Obama participa de cerimônia oficial de recepção no Palácio Real da Jordânia, ao lado do rei Abdullah II: o monarca deve solicitar um maior respaldo para uma solução na Síria (Jason Reed/Reuters)
Da Redação
Publicado em 22 de março de 2013 às 13h58.
Amã - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chegou nesta sexta-feira na cidade de Amã, em uma visita de dois dias, onde deve se reunir com o rei Abdullah II da Jordânia para analisar o conflito sírio e os esforços para retomar o processo de paz entre palestinos e israelenses.
O líder americano foi recebido no aeroporto de Amã pelo ministro jordaniano das Relações Exteriores, Nasser Yudeh, e outros responsáveis do país.
Imediatamente após sua chegada, a comitiva de Obama foi para o Palácio Real, onde se reunirá com o rei Abdullah II.
Amanhã, Obama encerrará sua viagem à Jordânia com uma visita turística à cidade monumental de Petra.
Fontes governamentais jordanianas disseram à Agência Efe que Amã dá grande importância a esta viagem porque espera receber um maior apoio para acolher os mais de 500 mil refugiados sírios que se encontram no país.
Nesse sentido, as fontes anteciparam que Obama vai anunciar um maior financeiro ao reino hachemita para que possa enfrentar seus desafios econômicos e manter aberta a fronteira com a Síria.
Espera-se que o rei Abdullah solicite a Obama um maior respaldo para encontrar uma solução política para Síria.
Com relação ao conflito palestino-israelense, as fontes disseram que Obama pode convencer os israelenses para que detenham os assentamentos, como prelúdio de um reatamento das conversas com os palestinos.
Os EUA consideram a Jordânia como único aliado estável na região após a derrocada de outros regimes favoráveis após a Primeira Árabe, disseram as fontes.
A viagem do presidente americano ao reino hachemita não está isenta de controvérsias: nas últimas 24 horas, ocorreram várias manifestações contra a visita de Obama e as políticas americanas que respaldam Israel.
Hoje, os Irmandade Muçulmana jordanianos organizaram um protesto após a reza muçulmana da sexta-feira, sob o lema "al-Aqsa está em perigo", onde fizeram ataques verbais contra o presidente dos Estados Unidos.
"O povo jordaniano rejeita tua visita", afirmou o líder da Irmandade Muçulmana, Hamam Said, em discurso durante a reza.
O dirigente islamita destacou que o presidente americano chega hoje à Jordânia, enquanto ontem aprovava Israel na Palestina, "embora ele sabe que milhares de jordanianos foram forçados a abandonar seus lares de origem na Palestina".
Said se referia aos jordanianos de origem palestina, que são mais da metade da população da Jordânia.