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Obama, Bush e Clinton prometem se vacinar em público contra covid-19

A iniciativa dos três ex-presidentes dos EUA tem como objetivo aumentar a confiança do público e conscientizar a população da importância da vacinação

Covid-19: Ex-presidentes se unem para conscientizar a população sobre a vacinação (Rob Carr / Equipe/Getty Images)
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André Martins

Publicado em 3 de dezembro de 2020 às 11h32.

Última atualização em 3 de dezembro de 2020 às 14h27.

Os ex-presidentes dos Estados Unidos Barack Obama , Bill Clinton e George W. Bush, afirmaram que estariam dispostos a serem vacinados contra covid-19 diante das câmeras para aumentar a confiança do público e conscientizar a população da importância da vacinação.

A iniciativa dos três ex-presidentes pretende mudar o cenário apontado por pesquisa da Ipsos MORI feita em agosto para o Fórum Econômico Mundial, onde 33% dos americanos entrevistados afirmaram que não tomariam uma vacina contra o coronavírus.

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Barack Obama disse em entrevista, que confia nos principais especialistas em saúde dos EUA que estão a frente da aprovação da vacina. "Posso acabar exibindo na TV ou filmando, só para que as pessoas saibam que eu confio nessa ciência, e o que não confio é em contrair covid-19.", afirmou em entrevista ao apresentador Joe Madison da SiriusXM.

Obama também reforçou a necessidade da conscientização da população afro-americana em relação à vacina. De acordo com pesquisa da Gallup publicada em 17 de novembro, a população negra americana é a menos interessada em se vacinar.

O secretário de imprensa de Bill Clinton, Angel Urena, disse à CNN americana na quarta-feira que o ex-presidente também estaria disposto a ser vacinado publicamente para promover a confiança na segurança e eficácia da vacina.“O presidente Clinton certamente tomará uma vacina assim que estiver disponível, com base nas prioridades determinadas pelas autoridades de saúde pública. E ele o fará em um ambiente público se ajudar a motivar todos os americanos a fazerem o mesmo”, disse Urena.

Também a CNN americana, Freddy Ford, chefe de gabinete de George W. Bush, disse que o ex-presidente havia entrado em contato com Fauci e a Dra. Deborah Birx, coordenadora da força-tarefa contra o coronavírus da Casa Branca, para descobrir se ele poderia ajudar a promover a vacina. "Algumas semanas atrás, o presidente Bush me pediu para avisar Fauci e Birx de que, quando chegar a hora, ele quer fazer o que puder para ajudar a encorajar a população a se vacinar", disse Ford.

Após a aprovação da vacina da Pfizer pelo Reino Unido, os EUA vivem a expectativa da aprovação de alguma vacina pela Food and Drug Administration (FDA, na sigla em inglês, órgão que equivale à Anvisa). Nesta terça-feira, Moncef Slaoui, principal cientista à frente da Operação Warp Speed — iniciativa público-privada dos Estados Unidos para acelerar o desenvolvimento e a distribuição de medicamentos e vacinas contra a covid-19 — , afirmou que 100 milhões de americanos serão vacinados nos próximos 100 dias.

O país convive com alta de internações e mortes em decorrência da doença. Em novembro quase 37 mil americanos morreram de covid-19, o número de mortos foi menor que os 60.699 registrados em abril, mas está perto dos quase 42 mil de maio, o segundo mês mais letal da pandemia, de acordo com dados compilados pela Universidade Johns Hopkins.

Como estamos?

Das 51 em fases de testes, apenas 13 estão na fase 3, a última antes de uma possível aprovação. Confira quais são abaixo:

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