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Obama anunciará plano de imigração na quinta

Plano deverá relaxar a política nacional de imigração e anular a deportação de até 5 milhões de imigrantes ilegais

Policial patrulha a fronteira no deserto do Texas contra a entrada de imigrantes ilegais (REUTERS / Eric Thayer)
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Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2014 às 20h29.

Washington - O presidente dos Estados Unidos , Barack Obama , irá delinear na quinta-feira um plano para relaxar a política nacional de imigração e anular a deportação de até 5 milhões de imigrantes ilegais, uma iniciativa unilateral que aprofundará as divisões com os republicanos.

A Casa Branca afirmou que Obama irá fazer um discurso televisionado na noite de quinta-feira explicando o plano, seguido por uma viagem na sexta-feira para angariar apoio em Las Vegas, no Estado de Nevada, que abriga a maior fatia de imigrantes sem documentos do país.

Frustrado com anos de inação parlamentar a respeito do que a maioria em Washington concorda ser um sistema imigratório falido, Obama afirmou em um vídeo publicado na Internet que agora está preparado para agir sozinho.

"Por isso, o que irei detalhar são as coisas que posso fazer com minha autoridade legal de presidente para fazer o sistema funcionar melhor, ao mesmo tempo em que continuo trabalhando com o Congresso e o incentivando a aprovar um projeto de lei bipartidário e abrangente que possa resolver o problema como um todo”, declarou.

Alguns republicanos conservadores ameaçaram combater a iniciativa imigratória impondo restrições orçamentárias a um projeto de lei de gastos que precisa ser aprovado e que em tese poderia levar à interdição do governo.

Líderes republicanos, entretanto, enfatizaram que não irão permitir o fechamento da máquina governamental depois das críticas pesadas que receberam pela mesma medida no ano passado.

As ordens executivas de Obama devem anular a ameaça de deportação para até 5 milhões das estimadas 11 milhões de pessoas vivendo na ilegalidade no país. Trata-se de um passo significativo para um presidente conhecido por ter deportado milhares de imigrantes ilegais.

Fontes próximas ao governo declararam que Obama planeja emitir uma suspensão temporária de deportações que irá beneficiar alguns pais de cidadãos norte-americanos e moradores permanentes legalizados.

A iniciativa irá ampliar uma ordem executiva de 2012 do mandatário que livrou da expulsão e concedeu vistos de trabalho a crianças sem documentos levadas aos EUA por seus pais.

Também há expectativa de que haverá alguma novidade a respeito do patrulhamento das fronteiras, e Obama irá ajudar as empresas a contratar e manter trabalhadores estrangeiros altamente qualificados, relataram as fontes.

"Identificamos uma série de maneiras que usaremos (para consertar o sistema) e sobre as quais o presidente irá falar nos próximos dias”, disse o secretário de Segurança Interna, Jeh Johnson, em um evento no National Press Club nesta quarta-feira.

A medida de Obama, pouco mais de duas semanas após as eleições legislativas nas quais os republicanos assumiram o controle do Senado, certamente irá provocar revolta, e os republicanos na Câmara dos Deputados já consideram uma série de reações.

Michael Steel, porta-voz do presidente da Câmara, John Boehner, disse em um comunicado: "Se o 'imperador Obama' ignorar o povo norte-americano e anunciar um plano de anistia que ele mesmo disse mais de uma vez exceder sua autoridade constitucional, irá cimentar um legado de ilegalidade e arruinar a possibilidade de uma ação congressional neste tema e em muitos outros."

O gesto de Obama pode criar o efeito indesejável de acentuar a imigração ilegal ao longo da fronteira norte-americana com o México se for percebido como um enfraquecimento da política do país para futuros imigrantes.

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Washington - O presidente dos Estados Unidos , Barack Obama , irá delinear na quinta-feira um plano para relaxar a política nacional de imigração e anular a deportação de até 5 milhões de imigrantes ilegais, uma iniciativa unilateral que aprofundará as divisões com os republicanos.

A Casa Branca afirmou que Obama irá fazer um discurso televisionado na noite de quinta-feira explicando o plano, seguido por uma viagem na sexta-feira para angariar apoio em Las Vegas, no Estado de Nevada, que abriga a maior fatia de imigrantes sem documentos do país.

Frustrado com anos de inação parlamentar a respeito do que a maioria em Washington concorda ser um sistema imigratório falido, Obama afirmou em um vídeo publicado na Internet que agora está preparado para agir sozinho.

"Por isso, o que irei detalhar são as coisas que posso fazer com minha autoridade legal de presidente para fazer o sistema funcionar melhor, ao mesmo tempo em que continuo trabalhando com o Congresso e o incentivando a aprovar um projeto de lei bipartidário e abrangente que possa resolver o problema como um todo”, declarou.

Alguns republicanos conservadores ameaçaram combater a iniciativa imigratória impondo restrições orçamentárias a um projeto de lei de gastos que precisa ser aprovado e que em tese poderia levar à interdição do governo.

Líderes republicanos, entretanto, enfatizaram que não irão permitir o fechamento da máquina governamental depois das críticas pesadas que receberam pela mesma medida no ano passado.

As ordens executivas de Obama devem anular a ameaça de deportação para até 5 milhões das estimadas 11 milhões de pessoas vivendo na ilegalidade no país. Trata-se de um passo significativo para um presidente conhecido por ter deportado milhares de imigrantes ilegais.

Fontes próximas ao governo declararam que Obama planeja emitir uma suspensão temporária de deportações que irá beneficiar alguns pais de cidadãos norte-americanos e moradores permanentes legalizados.

A iniciativa irá ampliar uma ordem executiva de 2012 do mandatário que livrou da expulsão e concedeu vistos de trabalho a crianças sem documentos levadas aos EUA por seus pais.

Também há expectativa de que haverá alguma novidade a respeito do patrulhamento das fronteiras, e Obama irá ajudar as empresas a contratar e manter trabalhadores estrangeiros altamente qualificados, relataram as fontes.

"Identificamos uma série de maneiras que usaremos (para consertar o sistema) e sobre as quais o presidente irá falar nos próximos dias”, disse o secretário de Segurança Interna, Jeh Johnson, em um evento no National Press Club nesta quarta-feira.

A medida de Obama, pouco mais de duas semanas após as eleições legislativas nas quais os republicanos assumiram o controle do Senado, certamente irá provocar revolta, e os republicanos na Câmara dos Deputados já consideram uma série de reações.

Michael Steel, porta-voz do presidente da Câmara, John Boehner, disse em um comunicado: "Se o 'imperador Obama' ignorar o povo norte-americano e anunciar um plano de anistia que ele mesmo disse mais de uma vez exceder sua autoridade constitucional, irá cimentar um legado de ilegalidade e arruinar a possibilidade de uma ação congressional neste tema e em muitos outros."

O gesto de Obama pode criar o efeito indesejável de acentuar a imigração ilegal ao longo da fronteira norte-americana com o México se for percebido como um enfraquecimento da política do país para futuros imigrantes.

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