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Obama afirma que deve haver um Estado palestino soberano

"O que quero fazer é escutar Netanyahu e Abbas, ter um sentido de como veem as coisas e como avançar", disse Obama


	O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama: depois de se reunir amanhã com Abbas, o presidente dos Estados Unidos voltará a encontrar Netanyahu na sexta-feira.
 (McNamee/Getty Images)

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama: depois de se reunir amanhã com Abbas, o presidente dos Estados Unidos voltará a encontrar Netanyahu na sexta-feira. (McNamee/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de março de 2013 às 17h45.

Jerusalém - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta quarta-feira em seu primeiro dia de visita a Israel que "deve haver um "Estado palestino soberano" convivendo junto com "um Estado judeu com sua segurança garantida".

Em entrevista coletiva conjunta em Jerusalém com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, Obama lhe agradeceu suas palavras sobre o compromisso "total" de Israel com a solução dos dois Estados, pronunciadas minutos antes.

Netanyahu assegurou que seu país está "totalmente comprometido com a paz" e com a "solução de dois Estados para dois povos" e confiou que a visita de Obama "nos ajude a virar a página em nossas relações com os palestinos".

Obama explicou que amanhã, quinta-feira, após seu encontro em Ramala com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, terá "algo mais a dizer" sobre o processo de paz, mas ressaltou que nos dois últimos anos "não vimos os progressos que gostaríamos".

"Mesmo assim há alguns elementos de boas notícias como o fato de, inclusive com o que está ocorrendo na região, a Autoridade Nacional Palestina (ANP) ter funcionado corretamente, em coordenação com Israel e com a ajuda dos EUA, para manter a segurança na Cisjordânia", afirmou.

Neste sentido, destacou que em 2012 não houve nenhum morte em Israel pelo "terrorismo organizado da Cisjordânia".


O presidente americano assinalou que ocorreram "alguns progressos no desenvolvimento econômico" da Cisjordânia, mas reconheceu que não se alcançou uma solução que permita aos israelenses "sair do isolamento no qual vivem na região" e aos palestinos "ter a sensação que são donos de seu próprio destino".

"O que quero fazer é escutar Netanyahu e Abbas, ter um sentido de como veem as coisas e como avançar. Intencionalmente, não quis vir aqui para fazer grandes anúncios que não correspondam com a realidade no terreno", disse Obama.

Neste sentido, confiou que na próxima sexta-feira, quando termina sua visita a Israel e Palestina, possa sair "com a sensação de ter um melhor conhecimento e uma visão mais clara do que podemos fazer pela solução de dois Estados".

Depois de se reunir amanhã com Abbas, o presidente dos Estados Unidos voltará a encontrar Netanyahu na sexta-feira.

O secretário de Estado americano, John Kerry, se reuniu também ontem à noite em Jerusalém com o enviado do primeiro-ministro israelense para o diálogo com os palestinos, Isaac Moljo, dentro dos esforços para retomar as negociações de paz. 

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