O que sabemos sobre os ataques terroristas em Bruxelas
O número exato de mortos e feridos ainda é incerto. Até agora, as autoridades calculam que as explosões tenham deixado ao menos 34 mortos e 170 feridos
Gabriela Ruic
Publicado em 22 de março de 2016 às 13h07.
São Paulo – O que era para ser uma terça-feira normal em Bruxelas, capital da Bélgica , acabou por se tornar mais um dia de caos e pânico na Europa, depois que uma série de explosões atingiu pontos estratégicos da cidade na manhã de hoje.
Locais dos ataques
Duas delas aconteceram primeiro no Aeroporto de Zaventem, a cerca de 12 quilômetros da capital, às 8h (horário local). Uma hora depois outra explosão aconteceu, mas na estação de metrô Maalbeek, que fica no coração de Bruxelas e em uma região conhecida por abrigar escritórios de entidades como a Organização das Nações Unidas e União Europeia .
Mortos e feridos
O número exato de mortos e feridos ainda é incerto. Até agora, as autoridades calculam que as explosões tenham deixado ao menos 34 mortos e 170 feridos.
Autoria dos atos
Ainda não há informações oficiais acerca de quem seria responsável pela organização das explosões, que são vistas pelo governo como ataques terroristas. De acordo com a agência de notícias EFE, o grupo extremista Estado Islâmico reivindicou a autoria dos ataques.
Outro indício que aponta para o grupo foi encontrado nas redes sociais, onde militantes comemoraram os atos. De acordo com a rede de notícias CNN, um post que circulou entre perfis associados ao EI dizia que “o que está por vir será ainda pior”.
O primeiro-ministro belga Charles Michel não confirma, mas há suspeitas de que essa onda está relacionada à captura de Salah Abdeslam, o belga de 26 anos suspeito de ser um dos autores dos atentados em Paris em novembro de 2015.
Abdeslam foi preso na semana passada na capital durante uma grande operação policial. Na ocasião do seu depoimento, autoridades do país disseram que ele estava “pronto para preparar algo em Bruxelas”.
A EXAME.com, o Dr. Shiraz Maher, pesquisador do Centro Internacional de Estudos da Radicalização da King’s College de Londres, disse que os ataques parecem ter sido preparados antes da prisão de Abdeslam. “Tudo indica para a existência de uma ampla e sofisticada rede terrorista na Bélgica e que se estende além dos atentados em Paris. ”
Ele lembra que o país tem o maior número per capita de combatentes estrangeiros na Síria que qualquer outro país da Europa. “Mais que o dobro na comparação com a França e quatro vezes mais que a Inglaterra”, avaliou.
Agora em Bruxelas
O clima em Bruxelas depois dos atentados era de consternação e choque. “Pensei que depois da prisão de Abdeslam, poderíamos nos sentir seguros novamente”, contou a EXAME.com a francesa Claire Grosbois, que vive na capital belga há pouco mais de seis anos e trabalha em um dos escritórios da UE na região.
Ela contou ter ficado sabendo dos ataques ao aeroporto ainda em casa, momentos antes de sair para trabalhar. Embora com medo, decidiu pegar o metro ainda assim. Ao chegar ao escritório, que fica a pouco mais de 1 quilometro de Maalbeek, seu chefe lhe disse para pegar um táxi e voltar para casa.
Romain Seignovert, outro francês entrevistado por EXAME.com e que também trabalha para a UE, não teve a mesma sorte: ele estava do lado de fora do prédio no qual trabalha, e que fica a cerca de 300 metros da estação, quando a explosão aconteceu. Até agora pouco, estava confinado com seus colegas dentro do prédio por razões de segurança e ao som de helicópteros e sirenes de ambulâncias.
São Paulo – O que era para ser uma terça-feira normal em Bruxelas, capital da Bélgica , acabou por se tornar mais um dia de caos e pânico na Europa, depois que uma série de explosões atingiu pontos estratégicos da cidade na manhã de hoje.
Locais dos ataques
Duas delas aconteceram primeiro no Aeroporto de Zaventem, a cerca de 12 quilômetros da capital, às 8h (horário local). Uma hora depois outra explosão aconteceu, mas na estação de metrô Maalbeek, que fica no coração de Bruxelas e em uma região conhecida por abrigar escritórios de entidades como a Organização das Nações Unidas e União Europeia .
Mortos e feridos
O número exato de mortos e feridos ainda é incerto. Até agora, as autoridades calculam que as explosões tenham deixado ao menos 34 mortos e 170 feridos.
Autoria dos atos
Ainda não há informações oficiais acerca de quem seria responsável pela organização das explosões, que são vistas pelo governo como ataques terroristas. De acordo com a agência de notícias EFE, o grupo extremista Estado Islâmico reivindicou a autoria dos ataques.
Outro indício que aponta para o grupo foi encontrado nas redes sociais, onde militantes comemoraram os atos. De acordo com a rede de notícias CNN, um post que circulou entre perfis associados ao EI dizia que “o que está por vir será ainda pior”.
O primeiro-ministro belga Charles Michel não confirma, mas há suspeitas de que essa onda está relacionada à captura de Salah Abdeslam, o belga de 26 anos suspeito de ser um dos autores dos atentados em Paris em novembro de 2015.
Abdeslam foi preso na semana passada na capital durante uma grande operação policial. Na ocasião do seu depoimento, autoridades do país disseram que ele estava “pronto para preparar algo em Bruxelas”.
A EXAME.com, o Dr. Shiraz Maher, pesquisador do Centro Internacional de Estudos da Radicalização da King’s College de Londres, disse que os ataques parecem ter sido preparados antes da prisão de Abdeslam. “Tudo indica para a existência de uma ampla e sofisticada rede terrorista na Bélgica e que se estende além dos atentados em Paris. ”
Ele lembra que o país tem o maior número per capita de combatentes estrangeiros na Síria que qualquer outro país da Europa. “Mais que o dobro na comparação com a França e quatro vezes mais que a Inglaterra”, avaliou.
Agora em Bruxelas
O clima em Bruxelas depois dos atentados era de consternação e choque. “Pensei que depois da prisão de Abdeslam, poderíamos nos sentir seguros novamente”, contou a EXAME.com a francesa Claire Grosbois, que vive na capital belga há pouco mais de seis anos e trabalha em um dos escritórios da UE na região.
Ela contou ter ficado sabendo dos ataques ao aeroporto ainda em casa, momentos antes de sair para trabalhar. Embora com medo, decidiu pegar o metro ainda assim. Ao chegar ao escritório, que fica a pouco mais de 1 quilometro de Maalbeek, seu chefe lhe disse para pegar um táxi e voltar para casa.
Romain Seignovert, outro francês entrevistado por EXAME.com e que também trabalha para a UE, não teve a mesma sorte: ele estava do lado de fora do prédio no qual trabalha, e que fica a cerca de 300 metros da estação, quando a explosão aconteceu. Até agora pouco, estava confinado com seus colegas dentro do prédio por razões de segurança e ao som de helicópteros e sirenes de ambulâncias.